
Está dando um trabalho danado digitalizar o jornal Afinal. Estou, na verdade, fotografando página a página, importando para o Corel, tratando as imagens e depois salvando em um arquivo menor para depois importar para o blog.
Mas o que no começo me pareceu muito trabalhoso agora está se transformando em algo prazeiroso. Ao reler o Afinal vou lembrando de situações e das pessoas que trabalharam neste projeto e isso é muito bom.
Ao ver as fotos do Rivaldo Souza lembrei do Baixinho, do seu jeito, das suas histórias e começo a rir. O mesmo acontece quando vejo as ilustrações do Bonson. Um barato! Agora mesmo postei duas páginas de entrevistas com o Raimundo Caruso sobre sua experiência na revolução Nicaraguense. Lembro do sisudo escritor, óculos, barba, cara amarrada e...uma bela entrevista.
Mas o melhor mesmo ainda está por vir. Tem várias coisas interessantes no jornal. Várias entrevistas, denúncias e personagens. Como estou digitalizando do último número para o primeiro, para que fique em ordem cronológica para o leitor, quando abrir o blog começa pelo número um, estou ansioso para chegar no começo.
Estou ansioso para reler a grande entrevista do primeiro número com o fantástico Beto Stodieck, o "cronista da cidade". Beto havia sido despedido do jornal O Estado por ordem do então governador e estava revoltado.
- Tenho medo de ser assassinado, dizia
De malas prontas para Nova York, nos recebeu em sua casa na estrada da Joaquina e rasgou a fantasia. Não deixou pedra sobre pedra à respeito da política, da sociedade e da elite florianopolitana que tão bem conhecia. A entrevista é um primor e retrata atitudes, situações e comportamentos da então elite política e social da Ilha. Além das fofocas Beto não economiza em denúncias de corrupção a detalhes sobre falcatruas e tragédias acontecidas aqui como a queda do avião da Transbrasil e o suspeito incêndio do abrigo de menores ao lado do Palácio da Agronômica. É um registro sociológico dos anos 80 em Florianópolis. A entrevista é imperdível.
Bea Porto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Beto Stodieck rasga o verbo e escancara a society ...":
Imagina eu, que fiquei mais de dois anos na Biblioteca Pública relendo tudo aquilo que ele conseguiu publicar, para depois lançar o "É Tudo Mentira", numa parceria com a Fernanda Lago. Havia coisa até de 1971 - quando eu estava com 11 aninhos....
Vai em frente e parabéns pela iniciativa.Ah, a entrevista do Afinal já está no livro!
Abração,
Bea Porto.
Imagina eu, que fiquei mais de dois anos na Biblioteca Pública relendo tudo aquilo que ele conseguiu publicar, para depois lançar o "É Tudo Mentira", numa parceria com a Fernanda Lago. Havia coisa até de 1971 - quando eu estava com 11 aninhos....
ResponderExcluirVai em frente e parabéns pela iniciativa.Ah, a entrevista do Afinal já está no livro!
Abração,
Bea Porto.