sábado, 30 de maio de 2009

Beto Stodieck rasga o verbo e escancara a society da ilha


Está dando um trabalho danado digitalizar o jornal Afinal. Estou, na verdade, fotografando página a página, importando para o Corel, tratando as imagens e depois salvando em um arquivo menor para depois importar para o blog.
Mas o que no começo me pareceu muito trabalhoso agora está se transformando em algo prazeiroso. Ao reler o Afinal vou lembrando de situações e das pessoas que trabalharam neste projeto e isso é muito bom.
Ao ver as fotos do Rivaldo Souza lembrei do Baixinho, do seu jeito, das suas histórias e começo a rir. O mesmo acontece quando vejo as ilustrações do Bonson. Um barato! Agora mesmo postei duas páginas de entrevistas com o Raimundo Caruso sobre sua experiência na revolução Nicaraguense. Lembro do sisudo escritor, óculos, barba, cara amarrada e...uma bela entrevista.
Mas o melhor mesmo ainda está por vir. Tem várias coisas interessantes no jornal. Várias entrevistas, denúncias e personagens. Como estou digitalizando do último número para o primeiro, para que fique em ordem cronológica para o leitor, quando abrir o blog começa pelo número um, estou ansioso para chegar no começo.

Estou ansioso para reler a grande entrevista do primeiro número com o fantástico Beto Stodieck, o "cronista da cidade". Beto havia sido despedido do jornal O Estado por ordem do então governador e estava revoltado.
- Tenho medo de ser assassinado, dizia
De malas prontas para Nova York, nos recebeu em sua casa na estrada da Joaquina e rasgou a fantasia. Não deixou pedra sobre pedra à respeito da política, da sociedade e da elite florianopolitana que tão bem conhecia. A entrevista é um primor e retrata atitudes, situações e comportamentos da então elite política e social da Ilha. Além das fofocas Beto não economiza em denúncias de corrupção a detalhes sobre falcatruas e tragédias acontecidas aqui como a queda do avião da Transbrasil e o suspeito incêndio do abrigo de menores ao lado do Palácio da Agronômica. É um registro sociológico dos anos 80 em Florianópolis. A entrevista é imperdível.

Bea Porto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Beto Stodieck rasga o verbo e escancara a society ...":

Imagina eu, que fiquei mais de dois anos na Biblioteca Pública relendo tudo aquilo que ele conseguiu publicar, para depois lançar o "É Tudo Mentira", numa parceria com a Fernanda Lago. Havia coisa até de 1971 - quando eu estava com 11 aninhos....
Vai em frente e parabéns pela iniciativa.Ah, a entrevista do Afinal já está no livro!

Abração,
Bea Porto.

Um comentário:

  1. Imagina eu, que fiquei mais de dois anos na Biblioteca Pública relendo tudo aquilo que ele conseguiu publicar, para depois lançar o "É Tudo Mentira", numa parceria com a Fernanda Lago. Havia coisa até de 1971 - quando eu estava com 11 aninhos....
    Vai em frente e parabéns pela iniciativa.Ah, a entrevista do Afinal já está no livro!

    Abração,
    Bea Porto.

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