CRÍTICA DA RAZÃO CANALHA
Por Olsen Jr.
Estou pensando na “Crítica da Razão Tupiniquim”, livro do escritor Roberto Gomes, catarinense (de Blumenau) radicado
Dado os créditos com suas origens, o livro de Roberto Gomes trata do “jeitinho” brasileiro e suas implicações, é uma crítica, lógico e foi um furor na década de 1970, uma leitura obrigatória; enquanto que os outros dois, Kant e Sartre, são de filosofia mesmo, uma metafísica do primeiro sendo confrontada com a metafísica do segundo (que dizia odiar a metafísica), tem quem goste; já o Millôr faz pouco das obras de dois ex-presidentes do Brasil que também são escritores, José Sarney e o “Brejal dos Guajás” e Fernando Henrique Cardoso com “Dependência e Desenvolvimento na América Latina”...
Também vou falar desse “jeitinho” brasileiro, razão pela qual evitei a palavra “ética”, também o termo “moral” e até o “direito” para procurar entender um tipo de comportamento que está longe de ser exemplar em nosso meio.
A honestidade faz parte da civilização, dois exemplos na área esportiva:
Cerca de quinze anos atrás, o atacante Robert Fowler, do Liverpool, caiu na área e o árbitro marcou pênalti contra o Arsenal. Fowler disse para o juiz que não fora pênalti, ele apenas tropeçara. A decisão foi mantida e o próprio Fowler decidiu chutar fraco para que o goleiro Seaman defendesse. Virou celebridade.
Faz pouco tempo, um jogo remarcado pela Copa da Liga Inglesa, os jogadores do Leicester abriram espaço para que o Nottinghan marcasse o gol (feito pelo goleiro com direito a cumprimentos do goleiro adversário) porque a partida fora interrompida em decorrência de duas paradas cardíacas do zagueiro Clive Clarke. Na ocasião o Nottinghan vencia por 1 X
Recentemente
Se houvesse decência, brio, honestidade e, sobretudo o famoso fair- play no qual os ingleses parecem ser imbatíveis, o jogador gremista teria ido ao encontro do bandeirinha e dito que havia errado o drible e posto a bola para fora e que o correto seria a cobrança do tiro de meta e não do escanteio, e tudo seria resolvido de maneira a aperfeiçoar a disputa e o comportamento e não se cometeria a dupla sacanagem: da falta indevida e da expulsão imerecida prejudicando um dos lados e que em nada enriqueceu o esporte.
Talvez o clube beneficiado tenha se regozijado com o “feito”, mas amanhã poderá acontecer o contrário, então não haverá argumentos para sopesar o equívoco.
Estamos habituados em apontar a “trave no olho dos outros” (a expressão é bíblica) ignorando aquela que nos obnubila, porque é mais fácil, enquanto se olha para o outro, esquecem de nós.
Deveríamos ser implacáveis com qualquer espécie de canalhice, e isso começa
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