quarta-feira, 21 de julho de 2010

Ex-diretora do Ipuf desmente prefeito, secretário e procurador

Foto chupada do blog do Rafael Martiini. Estava sem crédito.


"Não tenho rabo preso com ninguém. Este convênio era um presente para a cidade e presente não precisa de licitação" (Declaração sem noção de Cristina Piazza em coletiva à imprensa)

Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, a ex-diretora do Ipuf ligada à entidade contratada para restaurar o Palácio Dias Velho (antiga Câmara) desmascarou o prefeito de Florianópolis, o secretário do Desenvolvimento e Meio Ambiente e o procurador-geral do município.

Ao contrário do que estes vêm afirmando à imprensa desde o início da semana, tanto a direção do Ipuf quanto a prefeitura sabiam da existência do termo de parceria, revelou a ex-diretora. Tanto que, segundo ela, há pareceres jurídicos atestando a legalidade da contratação do chamado Instituto Diverscidades, do qual a ex-diretora é presidente, para receber a fábula de R$ 25 milhões para restaurar o prédio histórico da Praça XV de Novembro, com direito a R$ 2,5 milhões de comissão.

- É o mesmo 'modus operandi' utilizado no caso da árvore e do Bocelli. Tudo é armado como se fosse dentro da legalidade, inclusive com pareceres jurídicos justificando o injustificável, depois, quando o escândalo vem à tona, ninguém leu, ninguém sabia e a culpa era da funcionária que fez tudo sozinha. É uma piada. O prefeito precisa se explicar e os secretários, deixar o governo imediatamente - afirma o vereador João Amin.

Durante a entrevista, os jornalistas puderam testemunharam um verdadeiro teatro, recheado com afirmações que, de tão absurdas, beiram a infantilidade.

Como , por exemplo: a ex-diretora do Ipuf, sobrinha do ex-governador, afirmou que não assinou o termo de parceria, e, que isso, afasta qualquer ilegalidade. O que ela “esqueceu” de informar foi o fato de seu nome constar da primeira página do contrato como sendo a responsável frente às obrigações contraídas no contrato.

Outra: ela disse que não há recursos públicos, já que a verba seria captada por intermédio da Lei Rouanet. Ora, qualquer aluno do ensino médio sabe que a lei federal autoriza captação mediante renúncia fiscal, ou seja, ao invés de recolher determinado valor em impostos aos cofres públicos, o empresário direciona para apoio a algum projeto.

Portanto, trata-se de dinheiro público, sim, proveniente de impostos que deixaram de ser recolhidos e investidos em prol da coletividade para abastecer o cofre e o bolso de entidades nebulosas.

O vereador João Amin já denuncioou as falcatruas e pediu providências ao Tribunal de Contas e Ministério Público.

Um comentário:

  1. Canga,

    Se a Diretora exonerada tiver a razão nesta história: Mais uma bomba será colocada no colo desse prefeito cheio de falcatruas; aliás, tudo o que passa pela área do PMDB, cheira mal, a partir do Tio da Diretora.

    ResponderExcluir