Originalmente publicado pelo Beto Day
Craque com os pés e com as mãosWalmor Erwin Belz
Com a camisa 10 do Olímpico e jogando pela meia-esquerda, Walmor Erwin Belz era chamado de "Garoto de Ouro da Alameda Rio Branco", devido ao seu fino trato com a bola. Fez parte do time que em 1949 foi campeão estadual invicto e, mais tarde, já como médico, participou do grupo que ergueu o título estadual de 1964. Hoje, Walmor Belz é um conceituado cirurgião vascular, com prêmios e homenagens importantes na carreira, e a honra de ter participado decisivamente na implantação do curso de Medicina da Universidade Regional de Blumenau (FURB). Em 1944, 1945 e 1946 venceu os títulos na categoria juvenil da Liga Blumenauense de Futebol. A coleção de títulos aumentou em 1948, novamente no torneio da Liga, mas agora pelo time de aspirantes. O melhor, contudo, ainda estava por vir. Em 1949, o Olímpico conquistou o título estadual de forma invicta. O jogo final foi contra o Avaí, no estádio Adolfo Konder, em Florianópolis, e terminou com a vitória dos blumenauenses por 4 a 1. Walmor era tido como o jogador mais habilidoso do time, sempre levando perigo no ataque e com um talento raro na cobrança de faltas. Ele próprio conta que tinha um chute potente na perna esquerda, que unia força e direção. Um veneno para os goleiros.
O título estadual não sai da lembrança, mas Walmor também não se esquece da rivalidade local entre Olímpico e Palmeiras. A cidade se dividia em duas para torcer. Segundo o ex-jogador, o Olímpico tinha um carneiro como mascote e passou cerca de um ano sem perder para o rival. "Depois o pessoal do Palmeiras matou o carneiro e começamos a perder as partidas", lamenta.
Flagrante do Dr. Walmor Belz, enviado por Carlos Jorge Hiebert no Tabajara Tênis Clube em Blumenau
Opção pela Medicina
O meia esquerda jogou no Olímpico ainda até o ano seguinte ao título estadual, depois partiu para o Rio de Janeiro para estudar Medicina. Mesmo assim, tentou associar a carreira de jogador com o estudo. Ficou no Vasco por dois meses, treinando ao lado do goleiro Barbosa, Vice-campeão mundial em 1950 pela Seleção Brasileira. Não conseguiu manter as duas coisas e optou pela Medicina. Atuava então por uma equipe da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Mesmo morando e estudando na capital fluminense, Walmor foi campeão em 1953 e 1954 da Liga Blumenauense de Futebol, jogando pelo Tupi, de Gaspar. "Eles pagavam a passagem de avião e eu vinha jogar, porque gostava mesmo", recorda. Em 1956, fez mais uma tentativa de continuar no futebol profissional, tendo atuado três meses pelo Olaria, mas novamente os estudos falaram mais alto. E, se o futebol de Santa Catarina e do Brasil perdeu cedo um Garoto de Ouro, a saúde ganhou um excelente profissional.
Arquivo de: Informações dos Craques que passaram por aqui.
• Walmor Erwin Belz
Arquivo de Carlos Jorge (Russo) e Valter Hiebert/Valdir Appel/Adalberto Day
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