Um dos maiores escândalos envolvendo dinheiro público acontecido em Florianópolis está de volta à mídia: é o Caso Bocelli.
Uma trama urdida nos gabinetes oficiais do Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Florianópolis, ganhou repercussão internacional, quando um mega-super-show, planejado pelo então governador, Luiz Henrique da Silveira e o prefeito Dário Berger, acabou num fiasco monumental e no desaparecimento de mais de R$ 6 milhões dos cofres catarinenses.
O que era para fazer a alegria de florianopolitanos e turistas, o show de Natal do maestro italiano Andrea Bocelli, simplesmente não aconteceu.
A frustração da cidade virou indignação e caso de polícia. Na justiça, os mentores do escândalo, Luiz Henrique, Dário Berger e Mário Cavallazzi, tentam se safar com desculpas e explicações hilárias, que beiram o ridículo.
A gênese
Tudo começou numa bela tarde de outono, no requintado gabinete do governador Luiz Henrique da Silveira. Segundo transcrição no voto da relatora do processo (TCE-06/00654848), Sabrina Nunes Locken, estavam no gabinete de LHS, Dário Berger, Gilmar Knaesel, Walter Galina, Mário Cavallazzi, dois representantes da empresa carioca Beyondcomm e Cleverson Siewert, secretário da Fazenda do Estado.
Ali, em clima festivo, se discutia a magnitude da moderna árvore de Natal de leds, que seria plantada na Av. Beira Mar Norte, para adornar o que Luiz Henrique batizou de o Natal dos Sonhos!
Embriagado com tanta modernidade e beleza, Luiz Henrique, em um lampejo de lucidez, comenta: "a árvore ficaria de fato maravilhosa, ainda mais, se o maestro Andrea Bocelli pudesse cantar ao pé da monumental árvore" (sic). A idéia foi recebida com entusiasmo por todos os integrantes da fatídica reunião.
Luiz Henrique, poderoso, imediatamente dispara um telefonema internacional para a Sra. Milena Perini, amiga de Andrea Bocelli e pessoa de sua relação social em Joinville, ora morando na Europa.
Dona Mileni fez a ponte e colocou o maestro italiano em contato pessoal com o governador. Segundo relatos de participantes do convescote, Luiz Henrique, naquele momento, elevou o ego às nuvens numa pirotecnia exibicionista em frente aos embasbacados mortais municipais.
Andre Bocelli sucumbiu frente ao maravilhoso relato da bela árvore que adornaria seu grande show, e disse a LHS: "se a árvore é tão grandiosa e bonita assim, vou fazer o show". (Tadinho!)
Pronto, estava criado o ambiente que redundaria no retumbante fracasso. O Natal, que seria dos Sonhos, virou o Natal do Pesadelo.
O show de Gean
Apesar de toda a divulgação do cancelamento do show em Florianópolis, contrariando a tudo e a todos, uma pessoa afirma, por escrito, que viu o show do tenor italiano acontecer na cidade. Esta pessoa é o então prefeito em exercício de Florianópolis, Gean Loureiro.
Isso é o que consta, em certidão por ele assinada, nos autos do processo que tramita no Tribunal de Contas e na Justiça, e que deve ser julgado por esses dias.
Em tempo
Muito comentado nos últimos dias a peregrinação do ex-presidente do TCE, José Carlos Pacheco, no gabinete do conselheiro Salomão Ribas Jr.. Pacheco estaria fazendo loby maçônico a favor de Gean, Dário e Cia. alertando que o show existiu, conforme a certidão do DeMolay Gean Loureiro. Seriam todos irmãos.
Infelizmente gente dessa laia assim como aquele que ladrão que foi governador de Brasília conseguem se infiltrar na Maçonaria.
ResponderExcluiro show existiu sim...
ResponderExcluirfoi um show espírita...
só os dois virão...
Boa tarde Sergio,
ResponderExcluirSó pra eu entender: Você conta essa história com base em que fonte? E daonde veio esse documento que nem dá pra ler direito?
pq ta batendo tanto no Gean?
Parabéns pelo material, Canga. Esse episódio é uma vergonha para Florianópolis, um roubo descarado do dinheiro público..
ResponderExcluiro papel da imprensa de verdade é trazer à luz o que os poderosos querem esconder, como essa turma está tentando fazer.
Carlos França
com base no voto da relatora do processo no Tribunal de Contas!
ResponderExcluirGean pede pra sair cara. Cadeia nele!
ResponderExcluirEsse documento consta da prestação de contas do convênio, e parece que o Secretário cometeu ilícito que se enquadra no art. 299 do Código Penal:Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
ResponderExcluirPena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular.
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Acho que o Gean deveria ser expulso da Maçonaria, pois esta vem tentando combater a corrupção. Junto com o Dário que ele Iniciou!
ResponderExcluirVamos limpar a casa!
Se isto for aprovado pelo TCE, será o fim do mundo para os que acreditam em justiça.
ResponderExcluirGostaria apenas de explicar que a arvore de natal, na verdade foi cara por se tratar de uma tecnologia (led)mais evoluída que o pixel, fala do então secretario de turismo de Florianopolis. Se a criatura se presta a dar este tipo de depoimento, deve pensar que todos os moradores de Floripa são idiotas e ignorantes
ResponderExcluirCanga, tu ja viu essa? http://www.youtube.com/watch?v=XSRdB4Kfm0Y ...Essa mulher é uma duas caras mesmo. Bem que tinham me falado.
ResponderExcluirse ta escrito... quem somos nós (honestos) pra dizer que não houve tal evento?
ResponderExcluirEstes profanos de avental usam a Instituição Maçônica em benefício próprio.
ResponderExcluirQueria ver o Gean, no tribunal do Juiz Joaquim Barbosa. Seria condenado por falsidade ideológica, safado, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e declaração falsa em documento publico.
ResponderExcluirTenho dito!
Que maldade Canga.
ResponderExcluirOcorreu o show e foi ao pé da arvore.
Mas como a tecnologia era de Led o show se deu em outro país, que é pra onde foi o dinheiro também.
Mas diz que o Bocelli também não viu a cor da grana.
E as filhas do Gean?
Ele conheceu a mulher a pouco tempo, pela lógica a mais velha devia estar com 3 anos.