Por Marcos Bayer
Na política, só enriquece quem herda ou bota a mão na botija. Com o salário dá para viver com dignidade, apenas. Dele não se faz fortuna. Aliás, o espírito da República não é enriquecer seus servidores, apenas dar a eles as condições para que possam suportar as pressões e defendê-la dos larápios. A República precisa dos homens íntegros, sob pena de sucumbir. Nascemos todos capitalistas, pois mamamos para sobreviver. Lutamos para armazenar. Tornar-se um socialista é uma depuração do espírito. E a evolução dele é condição necessária para o melhoramento da raça humana. Em todas as religiões encontraremos suporte moral para confirmar o enunciado acima.
O mundo e o homem são, também, constituídos por símbolos. Entre eles, a simbologia do poder, e, como conseqüência a política.
Das formas de governo concebidas na Grécia antiga, passando pelo SPQR Senatus Populusque Romanus, a dignidade e a honorabilidade são características fundamentais e necessárias ao homem político. O Senado Romano é uma enciclopédia vivida do caráter humano.
Não por acaso, o poeta Virgílio (70 19 a.C.), pronunciou e a História escreveu: Lembra-te, romano, de que esta será a tua missão: governar as nações, manter a paz sob a lei; poupar os vencidos; esmagar os soberbos.
A atividade política no Brasil, nestes últimos anos, chegou ao fundo do poço. A canalha se sobrepôs à virtude.
Sinal dos tempos? Culpa de uma elite governante que explorou e explora o país desde a fundação das capitanias hereditárias?
É a mídia que faz o impostor, ou é impostor que se faz pela mídia? Pode a República suportar o monopólio da informação, cujas concessões ela autoriza?
O caráter da República, como a vela, queima para iluminar o caminho dos cidadãos. Enquanto durar a chama haverá luz. Combater os que negociam e subtraem da República é dever de todos. Vencer os corruptos é o mais recomendável. Lutar contra eles é imprescindível.
A luta política tem sentido e faz-se necessária, sobretudo, quando o objetivo final é a preservação dos conceitos republicanos.
A forma de governo escolhida pelo homem do século XXI é a democracia. Através dela, realizar o bem comum e defender a República dos abutres é, talvez, a mais digna atividade do homem político.
No mundo moderno, os que têm cadastro pagam com cheques. Os corruptos, à vista, pagam e recebem em dinheiro sonante.
Gerenciar pessoas(governar)talvez seja a mais ingrata atividade que alguém possa exercer. Não há dinheiro que compense esse tempo perdido!
ResponderExcluirBV
Continuas afiado, meu amigo!
ResponderExcluirValeu, Márcio...
ResponderExcluirSo pra lembrar, o TCE vai fazer diligência na Irlanda para ver se o Shom do Andre Bocelli ainda pode ser realizado não e um absurdo.
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