quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Berger vende prefeitura de São José e barnabés ficam sem teto

    É impressionante a facilidade e a rapidez com que os irmãos Berger fazem negócios com prédios e espaços públicos, quando no poder.
    A última grande transação feita por Djalma Berger, prefeito de São José e irmão de Dário Berger, prefeito de Florianópolis, está dando o que falar.
    Djalma vendeu o prédio do Centro Administrativo de São José para o poder judiciário por R$ 14 milhões. O negócio envolveu um terreno de 12,6 mil metros quadrados e área construída de 5,5 mil metros quadrados e foi fechado na tarde do dia 21 de julho de 2011.
     O contrato e a respectiva escritura de compra e venda do imóvel foi assinado pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Trindade dos Santos e pelo prefeito Djalma Berger.
    No contrato está escrito que o Poder Judiciário deveria tomar posse definitivamente a partir de 1º de dezembro de 2011.

    O ROLO
     Acontece que o prefeito Berger vendeu o prédio sem ter outro lugar para levar seus barnabés e abrigar suas secretarias.
    O moderno Centro Administrativo foi inaugurado em março de 2001  por Dário Berger, irmão do atual prefeito, Djalma. Dário, há época prefeito de São José, transformou o prédio no grande ícone da modernidade e de gestão pública da sua administração. O que se chamava antigamente prefeitura virou Centro Administrativo. 
    Nos discursos do prefeito esse era um grande passo para centralizar as ações do executivo municipal o que só traria vantagens aos seus munícipes.
    Passados 10 anos, seu irmão, Djalma Berger, transforma o Centro Administrativo em dinheiro.

    Após fechar o negócio, Djalma Berger justificou a transação da seguinte forma:
"Mais que uma simples transação imobiliária, o ato reveste-se de importância histórica, por marcar o início de uma parceria entre o Judiciário e o município de São José. Os prédios competiam entre si, agora o Judiciário poderá expandir seus serviços, e nós também teremos condição de aglutinar nossas secretarias em benefício da população”. (fonte)

Aglutinar onde prefeito Djalma???

     Na urgência de fazer "caixa", Djalma Berger, candidato à reeleição pelo PMDB, esqueceu de providenciar um novo local para instalar a estrutura administrativa do município.
    Como o prazo para ocupação do Fórum de São José era 1 de dezembro, o judiciário já começou a ocupar algumas salas do antigo Centro Administrativo, desalojando os servidores que não sabem para onde ir.
    Sob pressão para desocupar o imóvel, Djalma Berger tomou uma medida de emergencia e decidiu instalar-se no prédio do Colégio de Aplicação localizado na Beiramar de São José. Este prédio está sendo construido com verbas do FUNDEB e a sua ocupação caracterizaria um desvio de finalidade, crime previsto em lei.
    A obra projetada para abrigar salas de aulas não está terminada e sequer habite-se tem.
   Provavelmete o prefeito encontrará uma solução rápida para o seu problema: alugar prédios privados em São José para receber a atual estrutura operacional das secretarias, fundações e autarquias municipais.

    Moral da história
    A familia Berger que administra os municípios de São José e Florianópolis há 20 anos e construiram suas carreiras políticas com o discurso de gestores modernos, planejadores com visão de futuro, se permitem esse tipo de ação que deixa qualquer cidadão consciente perplexo pela ousadia e cara-de-pau.
   Um constróe e faz disso um discursso de gestor moderno. O outro vende e justifica que está fazendo um bem público!

Fazem negócios!!!!!

6 comentários:

  1. Canga, a história é mais ou menos essa, só que a idéia de mudar para a ex futura sede do Colégio de Aplicação é coisa antiga, vários grupos vêm há uns dois anos tentando barrar isso. Como tem grana do Fundeb e está sendo construido em área da União, até o TCU e a SPU já foram acionados, sem sucesso, já que a legislação não proibe trocar a destinação do prédio público por outra, desde que também pública, e o Fundeb não é verba federal.

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  2. Caro Canga toda essa pilantragem acontece por uma questão bem simples: a omissão do judiciário catarinense, e por que não dizer, brasileiro. Se existem todas essas falcatruas por parte da classe política, eles (os políticas), sabem que NADA vai lhes acontecer. Pronto.

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  3. Mas Canga, será que vc. não percebeu que "elles" continuam fazendo excelentes negócios, só que, prá eles. Como agora não tem onde alojar os serviços públicos, terão que alugar imóveis da iniciativa privada, evidentemente que rendendo o "P.F." prá quem?

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  4. Canga,
    Fica o dito popular "Grandes prefeituras, excelentes negócios". É a quadrilha Berger no poder com aval de pragmáticos petistas, judiciário conivente, ministério público omisso, tribunal de contas inoperante, e, um séquito de correligionários como assessores.
    E teremos uma excelente disputa nas duas prefeituras - rotos falando de quebrados.
    E via o "saque republicano". Afinal, os cidadãos trouxas e zumbinbados continuam calados.

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  5. Nenhuma novidade! Seu irmão, Dário, fez algo semelhante em Florianópolis. Vendeu o prédio do Procidadão - em pleno calçadão da Felipe Schmidt - para deixar o atendimento aos munícipes vagando por aí, em prédios alugados (caso do Procon) ou morando de favor em órgãos estaduais (como o Pro-cidadINHO no prédio da SEF).

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  6. familiazinha berger desgranida!!!

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