terça-feira, 24 de abril de 2012

Sindalesc apóia greve do magistério


    NOTA OFICIAL
    O Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (SINDALESC) vem a Público se solidarizar com a luta e a greve dos profissionais na área da educação.
    Os professores, pais e alunos em Santa Catarina sofrem há muito tempo pela falta de prioridade dos governos que se elegem, prometendo resolver o problema da educação no Estado e nada fazem.
    Em relação a nota dos 30 deputados da base governista, o Sindalesc considera um acinte aos professores, ao próprio Parlamento e à sociedade catarinense.
    Sobre o mérito da nota, precisamos esclarecer que o papel de um governo é empreender esforços para garantir a qualidade na educação e nas diversas áreas que atua, e o papel do Parlamento é elaborar, fiscalizar e garantir que o Executivo cumpra as Leis estabelecidas, nesse caso, nada mais justo que a Lei do Piso seja cumprida e que tenha a anuência do Parlamento catarinense.
    Os deputados mostram incongruências com o cargo em que atuam abdicando de seu papel de fiscalizador e criador de leis em favor da maioria, para ocupar correia de
transmissão do governo.
    Os parlamentares se enganam ao afirmar que o esforço para buscar o cumprimento da lei é mérito do governo, o que na verdade é direito da categoria a partir das incansáveis lutas contra o descaso com a educação.
    Consideramos que existe uma nítida falta de informações pelos deputados governistas, caso contrário, resta-nos acreditar na tentativa de manipulação da informação, com o objetivo de tirar do foco a incoerência do governo trazendo para o debate questões e realidades distantes do assunto em pauta, para criar um ambiente fantasioso de disputas partidárias ou entre governos, sendo que, o que está em questão é simplesmente a falta de planejamento do Estado para garantir o piso salarial dos professores previsto em lei.
    O Governador de Santa Catarina, ao invés de tratar o Parlamento catarinense como
extensão do seu mandato e desestimular a autonomia sindical e dos movimentos
reivindicatórios, poderia cuidar melhor das finanças e das prioridades que beneficiam o conjunto da população.
    Por fim, salientamos a necessidade de restituição dos papéis das entidades Republicanas e solicitamos que o Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, em esforço coletivo, façam valer o cumprimento das Leis e garantam o diálogo e as negociações com as entidades de classe, preservando as noções elementares de um Estado democrático e de direito.

A Diretoria

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