Arte composta por 26 grafiteiros fica como legado da V Bienal de Design
O elevado do Trevo da Seta, em direção ao Sul da Ilha, ganhou um colorido todo especial, alusivo ao conceito da V Bienal de Design, que ocorreu nos meses de maio a julho, em Florianópolis. A arte, composta por 26 grafiteiros, brasileiros e estrangeiros, teve como temática o “design para todos”.
A composição visual foi realizada de acordo com um convênio firmado entre a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, e o Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina (IEL), em parceria com a SC Design.
O coordenador de produção, Ulisses Souza, que esteve à frente do projeto, destacou a aceitação do conceito da arte pela população local e o fato de ser a primeira vez em que há uma união com grafiteiros contando com o apoio da Prefeitura em um trabalho como este.
“Nos reunimos com a SC Design, que nos passou o conceito da Bienal, e em conjunto com os artistas definimos o estilo da arte que seria elaborada. Na base do projeto, temos um grafiteiro que espirra em seu spray todas as cores da Bienal de Design, e a partir delas os grafiteiros puderam compor seguindo este padrão, mas sem perder o seu estilo próprio”, disse.
Um dos artistas que participou da composição e coordenou a parte artística do projeto, Rodrigo Rizzo, contou que esta integração com diversos profissionais em uma arte desta proporção era um sonho que ele cultivava há tempo: “A minha parte no painel é um grande camaleão que está em plena transformação, mudando gradativamente de cores e formas conforme passeia pelo ambiente representando justamente a transformação que o graffiti traz para um espaço antes abandonado e degradado", destacou.
"Para mim como artista - prosseguiu - foi uma experiência fantástica ver a realização de um sonho que tenho há mais de dez anos. Sempre quis trazer algo nessas proporções para Florianópolis, como os grandes festivais que tenho presenciado pelo mundo. Mas o sonho continua, e muito maior. Fazer de Florianópolis capital turística da arte urbana no Brasil.”
Ulisses ressaltou, também, que os desenhos não foram feitos de forma separada, que há uma integração entre eles o que permite perceber a arte como um conjunto. Além disso, frisou que a escolha do local, a caminho do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, permite que os visitantes que chegam à cidade observem a obra, o que dá uma maior visibilidade ao legado que ficou para a Capital. “Nossa ideia é colorir a cidade, expandir o conceito de integração dos artistas a outros elevados”, completou.
O diretor Financeiro da SC Design, Sonei Turossi, falou sobre o processo de integração com a comunidade local: “Antes de iniciarmos a arte, fomos em busca da comunidade, para que ela abraçasse a ideia, soubesse o que seria feito ali, possibilitando a participação deles no projeto. Esta construção em conjunto, com este conhecimento, faz com que haja uma aceitação e uma interação. Foi desta forma que nos preocupamos em trabalhar este projeto e deixar este legado contando com o apoio da comunidade”, frisou.
Os artistas que participaram da composição da obra são: Aipmo, Alma, Bater (Argentina), CSC, Diant (Balneário Camburiu), Digo, Driin, FPLO (Caxias do Sul), Gephs (Criciúma), Gron, Gugie, Lelin (Ribeirão Preto), Ldrao, Lola (Ribeirão Preto), Mofas, Nova, Odrus (Brasília), Rizo, Same (Alemanha), San, Smok (Alemanha), Tim, Vejam, Valdi, Wagz e Yours (Alemanha).
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