Por Laércio de Melo Duarte
Desde março de 2004 o Haiti encontra-se sob intervenção militar, após o golpe de estado patrocinado pelos EUA e França, o qual depôs o presidente eleito, Jean-Bertrand Aristide, um padre salesiano, numa operação pra lá de nebulosa.
Aristide nunca mais apareceu em público, apesar de ainda ser um personagem muito popular em seu país. Segundo a versão do líder da oposição radical à ocupação militar, Didier Dominique, ao contar a história do golpe, Aristide foi sequestrado por soldados norte americanos na Jamaica, para onde havia fugido, e levado para a África do Sul, onde recebeu asilo político. Tendo voltado ao Haiti em 2011, o presidente Aristide foi processado e condenado por "tráfico de drogas". De acordo com a Agência France-Presse (AFP) ele está em prisão domiciliar na sua casa ao norte de Porto Príncipe.
E o Haiti permanece no caos, entregue às quadrilhas de bandidos e traficantes, contra os quais quase nada pode as poucas centenas de soldados brasileiros, encarregados pela ONU (via Estados Unidos) de manter a ordem na ilha caribenha.
A Interpol acredita que aproximadamente 10 toneladas de cocaína POR MES, passam pelo Haiti na direção dos Estados Unidos, aproveitando-se da fragilidade dos controles policiais e da farta mão de obra disponibilizada pelas quadrilhas de criminosos comuns. Como sabemos, só existem tres países que produzem cocaína no mundo, Bolívia, Peru e Colômbia.
Fontes policiais norte americanas citados pela Agência Reuters, concluíram que a rota de transporte da droga até o Haiti passa pela Venezuela, pelas mesmas alegadas razões de fragilidade e conivência. A prisão de dois sobrinhos do presidente Nicolás Maduro, portanto 800 quilos de cocaína no Haiti, explodiu como uma bomba no noticiário internacional e coloca a elite governista venezuelana em "papos de aranha". Já em maio passado, o Wall Street Journal publicou reportagem sobre o envolvimento de autoridades militares, parlamentares e do governo venezuelano no tráfico de cocaína para os Estados Unidos.
Será este o triste fim da revolução socialista bolivariana ?
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