MPSC apresentou denuncia criminal contra Dilmo Wanderley Berger, irmão do ex-prefeito de Florianópolis, Dario Berger.
A denúncia envolveu outras quatro pessoas investigadas na Operação Trojan que descobriu uma quadrilha que inseria dados falsos no Sistema Tributário de Florianópolis.
Segundo a Promotoria de Justiça da Capital, em novembro de 2011, a pedido de Dilmo Wanderley Berger - irmão de Dário Berger, então Prefeito de Florianópolis -, quatro agentes públicos do Município agiram para inserir dados falsos no sistema que processa o cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e alterar o valor do tributo devido pelo contribuinte.
Sandro Fernandes, então Secretário Municipal da Receita, amigo íntimo de Dilmo Berger, pediu as alterações no sistema ao então Gerente Administrativo e Financeiro da Secretaria Municipal da Receita, Breno Pockszevnicki.
Breno, como não tinha conhecimento técnico para executar a alteração, pediu ajuda ao João Alexandre Piassini Silvério, então Secretário Adjunto de Ciência e Tecnologia. João explicou, então, que poderia diminuir a alíquota do tributo de 2% para 0,5%, mediante a inserção de uma falsa residência sobre o terreno de uso comercial desocupado.
Porém, como não tinha senha de acesso ao cadastro imobiliário, solicitou a alteração ao servidor Rogério Arlindo Martins, lotado na Secretaria da Receita. Então, no dia 30 de novembro, na sala de Breno e acompanhado de João, Rogério inseriu os dados falsos no sistema, colocando uma casa inexistente, de 49 m², sobre o terreno, assim alterando a alíquota.
Os servidores colocaram data retroativa como ano da construção, para permitir o recálculo de dívidas de IPTU de anos anteriores que Dilmo Berger possuía com a Prefeitura. O prejuízo ao erário só não se efetivou porque outros servidores perceberam a fraude e a situação foi revertida.
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