segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O maravilhoso mundo colombino

Por Eduardo Guerini

Na falta de boas notícias,  mande o

marqueteiro do governo estadual fazer uma

bela imagem. Reproduza repetidas vezes na

mídia provinciana , dependente visceral de

verbas publicitárias. Enfim, o governo terá

a realidade perfeita na província catarinense.

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A província catarinense realmente é o melhor lugar do mundo para se viver!!!

   As sucessivas estatísticas produzidas em Santa Catarina indicam que não somos imunes a crise. Alguém lembra daquelas vistosas propagandas do Governo catarinense - Cuidando das Pessoas, Cuidando do Futuro? E a propaganda institucional da Assembleia Legislativa de Santa Catarina – famosa por farras com recursos públicos, intitulada de “Gente que faz diferença”???

 

   A crise que as duas propagandas  publicitárias falaciosas negaram,  chegou com toda intensidade  na vida do “cidadão comum”. A realidade da economia brasileira e sua conjuntura recessiva proporcionou resultados importantes para desmistificar os dois poderes que se locupletam para mistificar a realidade provincial.

 

   Os servidores públicos estaduais catarinenses estão ansiosos por saber quando ocorrerá uma mudança na direção, afinal de contas, a queda na arrecadação anunciada já produziu efeitos para nenhum “pessimista de plantão” colocar defeito!!!

 

   O reajuste “tungado” do MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL na famosa descompactação da tabela , retirando a regência e incluindo como “reajuste”, e,  com aumento salarial igual a zero no ano de 2015, é pura fantasia dos professores adoentados pela maravilhosa condição das escolas públicas – algumas fechadas ou interditadas. Para um bom entendedor, esta tática é familiar – empurrar para o próximo gestor estadual quitar, leia-se 2017-2018, quando nosso sorridente e afável governante atual já estará disputando uma vaga ao Senado Federal.

 

   A SAÚDE PÚBLICA típica de uma republiqueta, sofre o “caos” da falta de recursos. Nosso Estado é reconhecido por uma tecnologia maravilhosa – a AMBULANCIOTERAPIA. Nem precisamos notar o estado de “terra arrasada” dos hospitais filantrópicos e dependentes de recursos estaduais e federais. É um efeito da gestão eficiente de nossos deputados-secretários, com “expertise” incomum para o cargo que foram nomeados.

 

   Na SEGURANÇA PÚBLICA, a falta de recursos é notória. Os policiais ganharam um reajuste na sua jornada de trabalho, evitando a nomeação de novos policiais e aumento do efetivo. Afinal, um governo que não tem recursos para “ostensividade” por falta de viaturas e combustíveis, para que contratar novos policiais?

 

   A INFRAESTRUTURA, cantada em prosa e verso, seja no saneamento básico e nas estradas, é algo irrepreensível. As estradas continuam esburacadas, as rodovias em estado lastimável, e, o esgotamento sanitário é digno de comparação com Estados nordestinos.

 

   Quanto a geração de empregos, nosso afável e servil amigo de Dilma Rousseff, conseguiu reproduzir idêntica estratégia da governanta do Planalto Central. Pena que, as estatísticas do CAGED desmentem qualquer analista da mídia provinciana. Seguimos o caminho da economia nacional, estamos em situação de desemprego estrutural e conjuntural. A indústria, a construção civil e setor de serviços já dispensaram aproximadamente 37.000 trabalhadores em 2015.

 

   A questão crucial do mundo maravilhoso de Raimundo Colombo, é operar as alianças políticas,  para garantir a estabilidade na profissão mais estável no republiqueta do pixuleco – a de político profissional. Para nosso simpático e bonachão governador, tanto faz o local onde tergiversar politicamente -  no Poder Executivo ou Poder Legislativo.  

 

   No balanço de tal profissão, renda média alta, recursos alheios para usufruir, benefícios continuados e ascendentes, segurança privativa, saúde nos melhores hospitais, deslocamento por terra e ar sem ônus e engarrafamento, uma gama de serviçais para as tarefas diárias, e, aposentadoria vitalícia garantida.

 

   E por falar em Previdência, os funcionários públicos serão chamados a contribuir com uma “parcela extra”, sem qualquer resistência de nossos operosos deputados da base governista – que vez ou outra, assumem secretárias  - na famosa dança de favores e cadeiras. O importante será garantir  recursos para as aposentadorias vitalícias e regalias de poucos.

 

   Como se observa, a realidade catarinense é uma construção fantástica no mundo colombino. Fica a pergunta: CRISE, que CRISE??? Em Santa Catarina nada importa,  nossos governantes fazem mais e melhor!!!

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