quarta-feira, 18 de maio de 2011

A CELEBRAÇÃO DA IGNORÂNCIA: O MEC INSULTA A LÍNGUA PORTUGUESA

Por Emanuel Medeiros Vieira
 
    Pensamos – romanticamente – que o ruim não pode ficar pior. Pode!

    O MEC aprovou um livro “didático” que insulta o vernáculo. Ta l cartilha, como observou alguém, é um passo importante na marcha “firme e segura da burrice neste país.” Segundo o livro, os alunos não mais cometerão erros de concordância gramatical.  Ao agredirem a pobre língua portuguesa serão imediatamente absolvidos e consolados na condição de vítimas de ‘preconceito linguístico’.

    É a celebração da ignorância!

    Um observador constatou que a aprovação de tal cartilha revela o rebaixamento dos quadros do ministério (da Educação!), na maioria indicados por via partidária. O MEC nem consegue fazer corretamente um exame do ENEM! Sempre dá problemas! 

    É o pavor da meritocracia.

    Se os alunos podem continuara falar e a escrever “os livro”, “nós vai” etc: o que os professores estão fazendo na escola? 

    O livro se chama “Por uma vida melhor” e integra uma coleção chamada ”Viver, Aprender”, e foi adotado pelo Ministério da Educação.

    Evanildo Bechara, com 83 anos, autor de dicionário e gramática, nomeado autoridade suprema do Acordo Ortográfico pela Academia Brasileira de Letras, afirmou: “O aluno não vai para a escola para aprender nos pega o peixe. Isso ele já diz de casa, já é aquilo que nós chamamos de língua familiar, a linguado contexto doméstico. O contribuinte contrata professores para cuidar do ensino, não para rebaixá-lo desse modo.”

    Para que valem então Enem e Enad? Se for para ensinar errado, os exames não são necessários.

    Concluo com Rui Barbosa, como fez outro observador: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos do maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”
(Salvador, maio de 2011)


Nelson Jvlle deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A CELEBRAÇÃO DA IGNORÂNCIA: O MEC INSULTA A LÍNGUA...": Os meus amigo pode testemunhar. Sempre comento com eles que, diante dos descalabro que vemo diariamente nos jornal e nas televisão, nosso futuro será triste. Acabei de completar 60 anos e estou cada vez mais temeroso pela minha velhice.
Eles costuma me chamar de pessimista, mas eu retruco que é uma questão de lógica. É só observar as quantidade de aposentado e casais de idade sendo assaltado todo dia em suas casa, sendo brutalizado, amarrado e amordaçado, isso quando não toma uns tiro, que facilmente chegamos à pergunta: minha morte será natural, por doença ou assassinato?
E diante dessa última pérola do MEC e, pior ainda, dos comentário veemente a favor daquela barbaridade, convenço-me ainda mais. Nosso futuro será cruel.

Observação: Espero que meu texto esteja de acordo com as nova regra baixada pelo MEC.
Obrigado


Nelson Jvlle deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A CELEBRAÇÃO DA IGNORÂNCIA: O MEC INSULTA A LÍNGUA...": Os meus amigo pode testemunhar. Sempre comento com eles que, diante dos descalabro que vemo diariamente nos jornal e nas televisão, nosso futuro será triste. Acabei de completar 60 anos e estou cada vez mais temeroso pela minha velhice.
Eles costuma me chamar de pessimista, mas eu retruco que é uma questão de lógica. É só observar as quantidade de aposentado e casais de idade sendo assaltado todo dia em suas casa, sendo brutalizado, amarrado e amordaçado, isso quando não toma uns tiro, que facilmente chegamos à pergunta: minha morte será natural, por doença ou assassinato?
E diante dessa última pérola do MEC e, pior ainda, dos comentário veemente a favor daquela barbaridade, convenço-me ainda mais. Nosso futuro será cruel.
Observação: Espero que meu texto esteja de acordo com as nova regra baixada pelo MEC.

Flavio Tessari deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A CELEBRAÇÃO DA IGNORÂNCIA: O MEC INSULTA A LÍNGUA...": Rubim, as opiniões são validas e verdadeiras! É muito legal q no teu blog tem gente q pensa. Nada é eterno, tudo se modifica! 


Kelly Kill deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A CELEBRAÇÃO DA IGNORÂNCIA: O MEC INSULTA A LÍNGUA...": Na verdade isso é uma evolução do MEC. O MEC está de parabéns pela iniciativa, afinal a melhor maneira de se aprender a ler e a escrever é a partir da língua de uso. As variações existem sim e devem ser estudadas. É a melhor maneira de aprender a língua. Antes de escrever alguma coisa sobre este tema, ele deveria estudar um pouco sobre linguagem, pois você está perpetuando uma visão de dois séculos atrás. Recomendo a leitura de Marcos Bagno - Os 10 mitos da língua portuguesa. É um livro pequeno e bem esclarecedor com relação a este assunto.
A língua é algo que está mudando o tempo inteiro e existem inúmeras maneiras de se falar e escrever. E para realmente termos um estudo válido de linguagem, é necessário abordar todas as variações. A língua que se defende tanto é a variação carioca do século XVIII.
E isso não é uma afronta ao padrão. Isso é aprender a melhor utilizar e compreender as possibilidades da nossa língua. 



jurubeba deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A CELEBRAÇÃO DA IGNORÂNCIA: O MEC INSULTA A LÍNGUA...": Rui Barbosa não poderia estar mais certo! Vou até repetir: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos do maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” Eu às vezes desanimo mesmo, mas não vou ter vergonha de ser honesta: Emanuel, SEU texto foi a celebração da ignorância! 

Érica Valduga deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A CELEBRAÇÃO DA IGNORÂNCIA: O MEC INSULTA A LÍNGUA...": Boa tarde.
Diante do comentário do caro colega, concluímos que estamos diante de uma zona de perigo, lidar com uma língua presa e engessada ao passado. O que torna a língua portuguesa o que ela é são seus falantes, não o contrário. Se existem sistematicamente casos de "Os menino", é porque a tendência é a mudança para este tipo de construção. Até chegar lá, pode-se levar vários anos, mas esta será a prova de que a língua evoluiu e não estagnou. Isto irá acontecer não devido a uma regra pronta e acaba, mas sim a partir dos sujeitos que utilizam dessa língua. Sabemos bem que o livro não exalta a não concordância (se você leu, você sabe), ele apenas mostra diferentes situações no uso da língua. O intuito do livro não é dizer o que está certo ou errado, mas trazer situações que um determinado grupo social se encaixe. Quem poderá dizer que eles não estão falando português, se a função maior da língua, como diria Saussure, é comunicar. Vamos disseminar aos poucos a ideia de que somos melhores ou piores porque seguimos regras. As próprias regras têm exceção, demostrando que existem falhas. Chega de tanto preconceito. Viva a língua viva e atuante. Viva o estudo linguístico vernáculo e a boa educação. 

6 comentários:

  1. Na verdade isso é uma evolução do MEC. O MEC está de parabéns pela iniciativa, afinal a melhor maneira de se aprender a ler e a escrever é a partir da língua de uso. As variações existem sim e devem ser estudadas. É a melhor maneira de aprender a língua. Antes de escrever alguma coisa sobre este tema, ele deveria estudar um pouco sobre linguagem, pois você está perpetuando uma visão de dois séculos atrás. Recomendo a leitura de Marcos Bagno - Os 10 mitos da língua portuguesa. É um livro pequeno e bem esclarecedor com relação a este assunto.

    A língua é algo que está mudando o tempo inteiro e existem inúmeras maneiras de se falar e escrever. E para realmente termos um estudo válido de linguagem, é necessário abordar todas as variações. A língua que se defende tanto é a variação carioca do século XVIII.

    E isso não é uma afronta ao padrão. Isso é aprender a melhor utilizar e compreender as possibilidades da nossa língua.

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  2. Rui Barbosa não poderia estar mais certo! Vou até repetir: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos do maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” Eu às vezes desanimo mesmo, mas não vou ter vergonha de ser honesta: Emanuel, SEU texto foi a celebração da ignorância!

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  3. Érica Valduga18 maio, 2011 13:09

    Boa tarde.

    Diante do comentário do caro colega, concluímos que estamos diante de uma zona de perigo, lidar com uma língua presa e engessada ao passado. O que torna a língua portuguesa o que ela é são seus falantes, não o contrário. Se existem sistematicamente casos de "Os menino", é porque a tendência é a mudança para este tipo de construção. Até chegar lá, pode-se levar vários anos, mas esta será a prova de que a língua evoluiu e não estagnou. Isto irá acontecer não devido a uma regra pronta e acaba, mas sim a partir dos sujeitos que utilizam dessa língua. Sabemos bem que o livro não exalta a não concordância (se você leu, você sabe), ele apenas mostra diferentes situações no uso da língua. O intuito do livro não é dizer o que está certo ou errado, mas trazer situações que um determinado grupo social se encaixe. Quem poderá dizer que eles não estão falando português, se a função maior da língua, como diria Saussure, é comunicar. Vamos disseminar aos poucos a ideia de que somos melhores ou piores porque seguimos regras. As próprias regras têm exceção, demostrando que existem falhas. Chega de tanto preconceito. Viva a língua viva e atuante. Viva o estudo linguístico vernáculo e a boa educação.

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  4. Celebração da ignorância é o blog do senhor que só prova que desconhece o quão rica é nossa língua, ridicularizando todas as suas variações.
    O senhor claramente se apresenta como mais um pobre coitado hipócrita que defende uma língua morta (sim hipócrita pois obviamente comete erros", ou melhor, desvios gramaticais, dos mais diversos sem perceber - e não se importa nem um pingo com isso). A língua, como é sabido, é um instrumento de poder. E o senhor, como sente uma necessidade recôndita de se sentir superior e valorizado, utiliza-se da língua para tentar, de certa forma, se sentir melhor do que todo o resto deste povo - que fala tão "mal" né??

    Pois bem! Vamos então voltar a falar latim!!! pois o português é um gigantesco "ERRO", uma deturpação, uma forma VULGARIZADA do latim!!! Ou o senhor não estava a par disso???

    Não sabia que o português nasceu dos milhares de "erros" (oops, se diz DESVIOS!) do latim que o povo cometia?????? Já ouviu falar na frase "a língua evolui" como as sociedades, a música, a roupa, os pensamentos etc etc evoluem???

    O material do MEC, claramente explana e diferencia a norma padrão da língua de suas variações, ele não exalta nem uma nem outra. Qualquer um com noções de interpretação de

    texto compreende isso. Menos o senhor, óbvio. Que papelão hein?

    Quer saber? olha, desça do pedestal porque fica até feio pro senhor mostrar tanto preconceito e ignorância com relação a nossa rica língua. Quem realmente a domina e a suas variações vai só lamentar ler um post como o seu, além de sentir pena, evidentemente.

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  5. Um livro pra vc: Preconceito Linguístico - Marcos Bagno

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  6. repito a você o comentário que fiz a Santayana

    é triste ver a ignorância que as pessoas têm sobre esse assunto, simplesmente o preconceito fala mais alto, pergunto: Mauro você viu o livro na integra?

    Se viu pode confirmar que o que os jornais fizeram foi uma tentativa bem sucedida de acabar com a credibilidade do livro. E o caso é simples, o livro não diz apenas o que eles noticiaram.

    A língua é como um ser vivo e está fora de controle, de que adiantou a criação das primeiras gramáticas do latim? temos o Português, Espanhol, Francês... uma língua não é controlável...

    Além disso, ninguém fala o português que está nas gramáticas, portanto ele não existe... ele é apenas uma base para que o país tenha um ponto de partida em comum no ensino da língua.

    Vc fala "roupa" ou "ropa"? já percebeu que a sentença "eu fui ali na biblioteca pegar os livros" muitas vezes é dita de forma que o s de livros é suprimida? e por muita gente e a todo tempo.

    O que o livro faz é admitir o que os linguistas já sabem há muito tempo e o povo não,que não existe algo certo em uma língua, ela é usada diferentemente a todo momento. A língua só é língua quando usada, portanto uma gramática não condiz com o que ela é, e nossa gramática padrão contém muitos problemas conceituais, até mesmo o conceito de plural está colocado de forma que não condiz com o que a língua apresenta.

    Então dizer para um aluno que "os livro" está certo é mostrar para ele que na fala cotidiana ele irá encontrar muitas vezes isso e não deve ter preconceito.

    O que os jornais não colocaram foi o resto que está no livro, a sequência diz que o aluno tem que ter o conhecimento da norma padrão porque em alguns contextos ele sofrerá preconceito pelo uso de uma variante popular.

    É o dever do professor ensinar a variante padrão, porém o aluno não deve ser enganado dizendo que as outras são erradas, não são erradas apenas são inadequadas a alguns contextos por puro preconceito.

    O livro faz isso.
    Agora sugerir que Olavo Bilac e Coelho Neto sejam adotados! Caia na real Mauro, esses textos não condizem com o português que usamos, é melhor que Chico Buarque, Clarice Lispector e Guimarães Rosa sejam a base, pois saberemos como é a linguagem padrão, a linguagem popular e conheceremos a ampla possibilidade de "contrução" que a língua portuguesa permite (em Guimarães Rosa).

    aliás na língua só desaparece o que é desnecessário, só aparece o necessário e só se muda se for em favor de uma otimização... nada surge nela simplesmente para decrepitá-la. Esse é um preceito da Linguística Gerativa(minimalista) que mostra que na estrutura interna da língua tudo busca uma otimização.

    Se essa língua de Camões e de Machado não existe mais... é porque no nosso mundo ela não se encaixa.

    Esse assunto não deveria ter caminhado para o público, porque assim como um engenheiro entende de obra e sabe que uma pilastra feia pode ser mais efetiva que um bonito arco, um linguista sabe sobre a língua, e sabe que na língua o preconceito chegou a tal ponto que apenas o que não soa feio aos ouvidos da elite é aceito, o resto é considerado como "errado", porém tudo que uma língua permite aparecer na fala está seguindo suas regras e princípios internos os quais um leigo nunca irá saber que existe.

    Não opinem sobre o que não sabem, pois é tudo pré-conceito

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