quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pai indignado denuncia clínica

Amigo, Canga, boa noite!
   Escrevo-te, como pai, dominado pelo sentimento de indignação. No dia 27 de abril, fui chamado às pressas no Colégio Adventista, no centro de Floripa, pois meu filho Pedro Henrique havia quebrado o braço na aula de educação física. Ao chegar, fui acompanhado, prontamente, pela coordenadora pedagógica, Gisele, até a Ortoclini (ao lado da maternidade Carmela Dutra), que tem convênio com o colégio para atendimentos de emergência em ortopedia e traumatologia. Atendido e diagnosticado pelo Dr. Carlos Alberto Pierri, meu filho colocou o devido gesso em seu braço esquerdo, sendo orientado a retornar para avaliação, e a possível retirada do mesmo, no dia 25 deste mês. Acontece que o gesso está mole, permitindo o movimento de seu pulso (o que pode comprometer a “soldagem” do osso quebrado), além de dor e a sensação de queimadura em um p onto do braço, já há três dias.

    Hoje, por volta das 19h, o levei na condição de “retorno”, até a tal Clínica para uma avaliação técnica a respeito da crítica situação do quadro e (pasmem!), não nos atenderam sem uma “nova” autorização da escola (traduzindo: a cobrança de uma nova consulta). Indignado e me sentindo frustrado em não estar conseguindo amenizar a dor de meu filho, corri desesperado até a escola, mesmo sabendo que àquela hora já estava fechada.

    Por Deus, encontrei a Coordenadora de Ensino, D. Estela, fazendo hora extra. Depois de ouvir o meu relato, ligou para a Clínica pedindo explicações sobre o ocorrido, uma vez que o período de retorno é de 30 dias, conforme praxe e o que estabelece as Normas do Convênio.  Acabou escutando do responsável de plantão que, “...caso o Dr. Pierri estivesse na Clínica ele atenderia como retorno, mas como estava ausente, quem o atenderia seria algum médico terceirizado, e que por essa razão teria que ser emitida uma “nova autorização por parte da escola...”- como se a escola tivesse alguma coisa com isso (espertinha, a Ortoclini, não?!). Incrédula e indigna da pelo que acabara de ouvir, chamou a atenção do mesmo sobre a possibilidade de um processo contra a clínica por desrespeito e quebra de contrato, pois não atenderem um paciente dentro do período de retorno. Isso, além de revoltante, é vergonhoso!

    Tudo em nome da grana! Entenderam? Ah, o meu filho? Coitado, teve que voltar pra casa e, agora, devidamente medicado com uma cavalar dose de analgésico, murmura de dor enquanto rola na cama tentando dormir. O que ainda me conforta um pouco é que, se até a saúde privada está assim, imaginemos o caos da pública.
Pela tua atenção, agradeço!
Ezequiel Maia 
Floripa - SC

    Essa clinica ortopédica aí é uma armadilha. Ticve uma experiencia terrivel,mas prefiro não comentar. Quem nos salvou foi o hospital Celso Ramos, que fica ao lado. Parece mentira, mas a clinica só atenderia mediante pagamento adiantado, pesado, enquanto a paciente urrava de dor. Fomos praticamente expulsos para o Celso Ramos (era madrugada e precisava compensar um deposito e não teve jogo) onde tudo deu certo. Deverias sugerir ao pai irado que vá ao celso ramos e não encha o filho de remedios contra a dor.Corre risco o garoto. No Celso Ramos tem orotopedista jovem , bom. pelo menos tinha alguns meses atrás. (Fernando Lima)
Athanazio Lameira deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Pai indignado denuncia clínica": Olá estimado Canga,
Onde chegamos com nossa saúde. Dependemos desses "burocratas" se há ou não retorno. Ao meu ver o que menos importa. O paciente está com dor. O gesso pelo que eu entendi foi colocado de maneira inadequada. O mínimo que deveria acontecer era o atendimento de imediato, mas o danado do dinheiro sempre fala além do coração, de qualquer sentimento.
Acho que está clínica deveria ser responsabilizada pelas consequencias que virão ao paciente.

Um abraço,

Um comentário:

  1. Parabéns pelo relato, ajuda pessoas como eu que fui vitima da ganancia do doutor.Quando procurado solicitou-me uma ressonância magnética, onde detectou uma pequena lesão meniscal, e também um pequeno ponto de necrose óssea, o que segundo relatos médicos torna indesejável qualquer tipo de intervenção em pessoas acima de 50 anos. No meu caso á época 65.Depois da cirurgia iniciaram-se as dores insuportáveis, não identificadas nem por ele e nem por seus sócios.Trinta dias de dor tratada com remédios opiáticos e a perda da qualidade de vida pela necrose que até hoje e por tempo indeterminado vai me impedir de andar normalmente, em função da dor. Três anos passaram, a dor continua, como a que tive que suportar esta noite, e que me levou a redigir o comentário. Tomara que um dia ele possa sentar e contar para seus filhos e netos o seu imenso sucesso como médico.

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