domingo, 29 de maio de 2011

Entrevista exclusiva com Beto Stodieck

    Acabo de assistir o documentário "Nas Páginas de Beto Stodieck: caricaturista dos momentos e personagens" (assista aqui) dos jornalistas Fernando Guedert e Camila Stuart, sobre o jornalista Sérgio Roberto Leite Stodieck, conhecido como o "colunista da cidade".

    Conheci o Beto no jornal O Estado e, como mostra o documentário, era realmente uma figura fantástica. Muito à frente do seu tempo, criativo, culto, inteligente, crítico, com humor ácido refinado.
    Beto foi despedido do jornal O Estado em 1980, por entrar em conflito com o poder estabelecido à época. Nelson Rolim, Jurandir Camargo e este blogueiro também foram para a rua pelos mesmos motivos. Criamos o jornal Afinal. No primeiro número resolvemos entrevistar o Beto, e fazê-lo abrir o seu coraçãozinho, que muito sentia e sabia. 

    Fomos até a casa de pedra, do Beto, no caminho da Joaquina. Beto estava paranóico, assustado, com medo de represálias do governo. Estava de malas prontas rumo a New York. Claro, no caso do Beto, exílio só poderia ser na capital do mundo. Antes de partir nos deu esta antológica entrevista. 

    Mancheteamos com a melhor frase: Estou com medo de ser assassinado!

    Na entrevista, Beto finalmente se liberta da censura e solta o verbo sobre a sociedade florianopolitana e seus segredos. Fala sobre a tentativa de venda do jornal O Estado para a RBS, já naquela época, e da sua relação com Jorge Bornhausen, governador e mentor da sua demissão.
    
    Fala de Esperidião Amin, da prisão do Gilberto Gil, em Florianópolis, e da "geral" que o famoso delegado Eloi Azevedo deu na sua casa antes de prender Gil. Beto era o responsável pela vinda de Gil à cidade.

     O Afinal, com o Beto na capa, foi um sucesso estrondoso. Vendeu como água.

Clique nas imagens abaixo e leia a entrevista completa:




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