Para educar, é preciso impor limites às crianças e adolescentes

Por Leandro Schappo

     Na noite do último sábado, dia 07/05/2011, um jovem foi morto na saída de uma boate em Jaraguá do Sul, norte de Santa Catarina, aparentemente motivado por ciúmes de um dos assassinos (leia mais).

     Segundo o delegado de polícia, responsável pelas investigações, o assassino que deu as facadas na vítima sequer se mostrou preocupado com a situação, muito menos arrependimento ou qualquer outro tipo de sentimento nobre, mas se manteve frio, indiferente ao fato de ter matado uma pessoa.

    “Especialistas” imputam tais crimes à natureza humana, ao fato de que os jovens não conseguiriam dominar os impulsos pela defesa do território e das suas fêmeas. Acontece que situações como esta são mais frequentes hoje do que no passado, quando tínhamos educação de qualidade em casa e na escola.

     A falsa idéia de que somente conversando que se educa, não se podendo repreender com pequenos tapas as crianças levadas, bem como o fato das escolas tratarem as crianças e adolescentes como clientes e não como seres em educação, nos levam à situação vexatória em que nos encontramos.

     Destaca-se que professores são vítimas dos seus alunos! Antigamente os professores eram respeitados, mas movimentos que se dizem “humanos” tornaram os professores uma figura secundária e quase desnecessária, o que é um absurdo.

     Hoje, se um professor grita com um aluno, é processado, afastado de suas funções e colocado no banco dos réus, sem que com o aluno delinquente tenha qualquer reprimenda, ou seja, o aluno não tem limites para seus atos errados, ficando a impunidade como o seu parâmetro de educação.

     A culpa pelo assassinato é dos jovens envolvidos, logicamente, mas muito mais dos pais deles, que não souberam educá-los, impondo limites, ensinando a controlar os seus sentimentos, bem como mostrando que a liberdade deles acaba quando começa a liberdade do próximo.

    Por vezes me pergunto: até quando o povo brasileiro vai tolerar essa situação? Até quando o povo brasileiro vai ficar com a fama de “pacífico”, “tranquilo” e bobo, que não se opõe contra aquilo que lhe é ruim, parando de aceitar passivamente tudo que de ruim lhe é posto em frente?

    Vamos por um basta na falta de educação, na falta de vergonha na cara e na falta de preparo de pais que deveriam ser punidos, pois são eles que mal educam os seus filhos e causam esse gigantesco hematoma na sociedade, que se vê desprotegida, e causam uma perda irreparável à família do jovem brutalmente assassinado.