domingo, 3 de julho de 2011

ITAMAR

Por Emanuel Medeiros Vieira
 
Para Marcelo Tadeu Vieira de Córdova – sobrinho, afilhado de Crisma
 e sempre amigo, que se “encantou” em 28 de junho.
     Não, quero monumentalizar a figura de Itamar Franco, falecido no sábado, 2 de julho.
     Mas QUANDO A POLÍTICA NACIONAL PARECE UM VALHACOUTO DE PATIFES E DE CORRUPTOS, a morte de um homem de bem, que exerceu altos cargos com dignidade, gera um sentimento de orfandade.
     Sem nostalgia: poucas vezes na história do país, percebemos a predominância de tanta gente má e indigna, que se serve da política e não serve ao país.
    Sim, orfandade.

    Não me interessam alguns falsos discursos ideológicos que, muitas vezes, são mecanismos

compensatórios para aproveitadores.
    Queremos homens de bem!

    Queremos gente de caráter!

    Sou deu uma geração que ainda acompanhou o trabalho de Ulysses Guimarães e de Tancredo Neves.

    Fui amigo de Chico Pinto, de Luiz Travassos e – na Ilha –, de Adolfo Dias, de Roberto Motta, de Jarbas Benedet, de Alberto Albuquerque e de tantos outros homens honrados.

    Vai-se Itamar, corajoso, decente e polêmico.

    Quem fica?
 No Senado?
    José Sarney, Romero Jucá, Gim Argello, Ideli Salvatti (quando voltar) e outros exemplos

de “devoção à causa pública”.
    E citei poucos! É de causar asco!

Lembro das palavras de Carlos Castãneda (para que o desânimo não se irradie):
“SABEMOS QUE NADA PODE TEMPERAR TANTO O ESPÍRITO DE UM GUERREIRO QUANTO O DESAFIO DE LIDAR COM PESSOAS INTOLERÁVEIS EM POSIÇÕES DE MANDO.”
(Salvador, julho de 2011)

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