Por Laurita Mourão*
Querido Sergio, grande Canga!
Afinal tomou posse no cargo de Diretora-Gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) a francesa Christine Lagarde.
Quase todas as manhãs, pela Rádio CBN, ouço a Lucia Hipólito, em seguida o Jabor (de quem sou muito amiga) e, mais tarde, o Carlos Heitor Cony (da Academia Brasileira de Letras) e o Xexéo, além de uma jornalista que até hoje não sei o nome porque a chamam por um apelido.
Antes de ontem, esses tres personagens disseram muitas bobagens sobre o "por quê" das mulheres estarem, hoje em dia, ocupando muitos e importantes cargos tanto no nosso país como nos países estrangeiros. Fiquei até decepcionada com os dois porque são inteligentes e cultos. Não disseram as maiores e mais importantes razões pelas quais a MULHER saiu da escravidão em que se encontrava desde sempre e ocupa hoje lugares importantes em quase todos os setores da sociedade: POR QUE ESTUDAM E, COM A PÍLULA ANTI-CONCEPCIONAL, PASSARAM A TER AS CONDIÇÕES sinequibus non PARA SE LIBERTAREM !!!
E a Christine Lagarde ficou com o lugar do francês Dominique Strauss-Kahn porque, a este, lhe montaram um golpe para evitar sua candidatura a Presidente da República da França substituindo o simpático e atraente Sarkozy.
Quando li no jornal que ele estava saindo da ducha e se atirou em cima da camareira no luxuoso "Hotel Sofitel" em New York, imediatamente pensei que se tratava, como disse, de um "coupe monté" porque francês nenhum tomaria banho antes de embarcar de volta para sua casa em Paris: franceses têm dificuldade de entrar em chuveiros !!!
Além do mais, gente que viaja como é o meu caso, sabe que camareiras não entram nos quartos quando os hóspedes ainda se encontram dentro. Salvo que tivesse havido uma combinação da camareira com o charmoso Diretor-Gerente do órgão internacionalmente tão importante. Em tal caso, depois do ato, não iria ela botar a boca no trombone ... (sem trocadilhos, por favor!).
Pois bem: já está o homem solto, vão lhe reembolsar os gastos e a camareira vai ser indiciada por falso testemunho. Porém, e aqui vem a estratégia: Strauss-Khan dificilmente poderá voltar a ser candidato à Presidência da "Douce France" ... e o cargo internacional dele já está ocupado por ... uma mulher. Pelo menos é uma francesa !
Na verdade, numa outra leitura dos fatos, os americanos, ingleses e alemães estavam descontentes com algumas decisões de Strauss-Kahn sentindo que o Diretor-Gerente se extralimitava tomando alguns caminhos que interferiam em grandes interesses capitalistas!
Falando ainda em mulher, a dele, arquimilionária, não somente pagou tudo como declarou nos jornais que a vida de família deles é um êxito: ela conseguiu reunir os filhos do Strauss-Kahn dos casamentos anteriores com os dela de um marido de quem se divorciou e vivem todos juntos e muito felizes!
Sabe que ele é dado a conquistas mas - sabe lá por que razão - neste caso ela estava certa de que se tratava de uma farsa e esteve firme ao lado dele ajudando-o.
Tudo isso vai dar um bom filme com final feliz, of course!
Abraços, Laurita Mourão de Irazabal.
* Laurita Linhares Mourão de Irazabal, 85 anos, viveu grande parte de sua vida em embaixadas do Brasil no circuito Elizabeth Arden, como funcionária de carreira do Itamaraty.
É filha do general Olympio Mourão Filho (1900-1972), personagem que deflagrou o regime militar que durou 21 anos. Autora de 7 livros, Laurita Mourão, texto rápido, humorado e...borbulhante:
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