Por Janer Cristaldo
Tanto El País como Le Monde elegeram Lula, no ano passado, como o personagem do ano. Ao conferir-lhe o título, estes prestigiosos jornais omitiram sua incultura, sua conivência com a corrupção e seu acobertamento de corruptos, desde a proteção a José Sarney e seu clã a sua leniência com mensaleiros e os ditos aloprados. Tampouco fazem qualquer alusão à desbragada corrupção familiar, quando um filho de Lula recebeu o aporte de R$ 5 milhões para sua empresa só porque era filho de Lula. Quaisquer destes fatos manchariam irremediavelmente a reputação de qualquer dirigente europeu. Em Lula, sequer fazem mossa.
Tenho minha tese a respeito desta reverência incondicional ao Supremo Apedeuta. Os europeus sempre tiveram o coração à esquerda. Sempre acariciaram a idéia de um presidente operário. Là bas, loin de nous. Desde que não seja na Europa. Aconteceu com Lech Walesa, filho de um carpinteiro e mecânico de carros. Mas Polonia é Leste europeu, não é a boa Europa de cá. Operário na presidência na América Latina? Louvado seja. Se for operário, ipso facto é louvável, digno e justo. Mesmo que louve e apóie tiranos que os europeus abominam, como Castro, Chávez ou Ahmadnejad. Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena. Leia tudo. Beba na fonte.
Apedeuta é a velha esquerda burra e que vive nos sonhos do Freud. A fase oral é a pior. Chupa bico e caga ética.
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