Por Mino Pedrosa
Na  tarde desta quinta-feira, 27, na Academia de Tênis de Brasília, uma  conversa, por trás de um biombo no restaurante japonês, detonou uma  guerra surda na campanha de Dilma Rousseff. O papo reservado entre o  jornalista Amauri Ribeiro Jr. e o coordenador de imprensa da campanha de  Dilma Rousseff, Luiz Lanzetta,  presenciado pelo senador Gim Argelo  (PTB-DF), pelo deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e este jornalista,  revelou um duro golpe que abalou fortemente a candidatura de José Serra.
 Amauri  usava um quarto de hotel como bunker petista, quando foi  surpreendido por arapongas, ligados à própria campanha de Dilma,  comandados pelo coordenador de Comunicação, Rui Falcão. Os aloprados,  flagrados pelas câmeras de segurança do hotel (fitas em poder do PSDB),  roubaram o notebook, que armazenava os documentos do dossiê explosivo da  Operação Satiagraha . Detalhes da Operação, que adormeciam no cofre do  delegado federal, Protógenes Queiroz, aguardando o momento eleitoral  propício para ser utilizado, começou a aparecer fora de hora. Ameaçado, o  delegado, que quase foi parar na prisão, comentou na ocasião:  “Aí tem  arsenal para destruir o governo passado, o atual e também o próximo”.  Protógenes não brincava. O dossiê atinge os três: FHC, Lula e Serra,  necessariamente nesta ordem.
 O  dossiê, em posse do PSDB, tem flagrante de Lulinha em sociedade com o  cunhado de Daniel Dantas, Carlos Rotemburgo, em fazendas e animais.
 No  encontro, desta quinta-feira, no restaurante japonês, Lanzetta,  aparentemente tenso, puxou para trás do biombo, um Amauri visivelmente  temeroso pela represália dos tucanos.  Lanzetta havia contratado Amauri,  que tem um perfil investigativo, para tentar ceifar a candidatura de  José Serra. Amauri tem como fonte um grupo seleto da comunidade de  informação e recebeu um farto material suprimido da Operação Satiagraha  para ser utilizado na campanha presidencial. Os documentos comprometem a  candidatura de José Serra. 
 O HD  do notebook de Amauri guardava uma bomba: Verônica Serra, filha do  candidato tucano,  atuando no esquema de corrupção em privatizações e  suas relações perigosas com o banqueiro Daniel Dantas. As informações  roubadas chegaram às mãos do jornalista Policarpo Jr., diretor da  revista Veja. 
 Neste  momento a história complicou: Lanzetta precisava dividir a batata  quente que estava em suas mãos. Levou ao conhecimento de Dilma e do  ministro Franklin Martins, que Rui Falcão estava agindo de forma covarde  dentro da campanha. Questionado por Franklin, sobre a ação dos  aloprados, Rui Falcão disse que ao visitar o bunker encontrou o  notebook, tomou conhecimento do conteúdo explosivo e, em seguida, fez  chegar à direção da maior revista brasileira, a atuação do  “campanheiro”, Luiz Lanzetta. Curiosamente a Veja não  publicou nada, até agora. Leia lambança na integra. Beba na fonte.
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