Amigo Celso
Daqui da Bahia, sem frequência sistemática, mas com alguma regularidade, gostaria de enviar algumas colaborações para o sambaquinarede. Como é ano eleitoral, penso ficar mais "quieto" no terreno da mísera política que nos foi dada viver, inclusive pelas barbaridades que vejo no governo do PT daqui, que veio para combater o carlismo, e está recrutando quadrados da oligarquia ou manteve no governo muita gente da turma do ACM. O Luiz Henrique chega a parecer mais comedido... O PT daqui quer umar usina nuclear para ser instalada na Bahia (!!!), fazer a ponte Salvador-Itaparica- tal obra seria um escárnio ao humanismo, à ecologia e ao meio ambiente. Todos os ecologistas e humanistas como João Ubaldo, que é de Itapirca, condenaram o projeto e o Jacques Wagner desqualificou o escritor nos termos mais grosseiros. Então, começarei enviando poemas. Vários foram premiados, mas fica entre nós. Anexo um que é uma sátira à corrupção (premiado), "Paráfrase do Padre Antônio Vieira". Lê e vê o que achas. Se quiseres manter aquele esquema do ano passado, "disseminando" o que remeto para blogs amigos, fica ao teu critério. Darias um retorno? Feliz semana, bom trabalho. Abração saudoso e fraterno do teu amigo velho, Emanuel
PARÁFRASE DO PADRE ANTÔNIO VIEIRA.
O ladrão que furta para comer não vai para o
inferno, mas para a cadeia.
Os outros, de maior calibre, furtam sem temor nem
perigo.
Os elevados, furtam e enforcam.
Os que roubam e despojam povos – e esperanças –
recebem comendas e prebendas.
São promovidos, enaltecidos, empregam a prole,
festejam e são festejados – e sorriem.
O anônimo rouba um homem.
O maior – íntimo dos palácios – rouba cidades e reinos.
O ladrão que furta para comer não vai para o
inferno, mas para a cadeia.
Os outros, de maior calibre, furtam sem temor nem
perigo.
Os elevados, furtam e enforcam.
Os que roubam e despojam povos – e esperanças –
recebem comendas e prebendas.
São promovidos, enaltecidos, empregam a prole,
festejam e são festejados – e sorriem.
O anônimo rouba um homem.
O maior – íntimo dos palácios – rouba cidades e reinos.
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