É uma história exemplar dos privilégios e desvios de conduta dos ocupantes do andar de cima, sejam quais forem eles
Ideli Salvatti e o marido Jefferson da Silva Figueiredo (Foto: Beto Barata / Estadão)
Por Ricardo Noblat
O alvoroço provocado por uma meia sola ministerial que pouco mexe com a vida do cidadão comum acabou por conspirar, na semana passada, contra a repercussão que deveria ter merecido a história da nomeação do marido da ex-ministra Ideli Salvatti (PT-SC), contada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
É uma história exemplar dos privilégios e desvios de conduta dos ocupantes do andar de cima, sejam quais forem eles.
Fundadora do PT e da CUT em Santa Catarina, ex-deputada e ex-senadora, Ideli concorreu e ficou em terceiro lugar na eleição para governar seu Estado em 2010, ano em que Dilma se elegeu presidente. O que poderia ter condenado Ideli ao ostracismo, temporário ou definitivo, abriu-lhe as portas da República.
Primeiro ela foi nomeada por Dilma ministra da Pesca e Aquicultura. Ali permaneceu até junho de 2011. Foi promovida para ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela coordenação política do governo e por suas relações com o Congresso e os partidos. Bateu no teto. Depois disso só fez cair.
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