Por Eduardo Guerini
Nas lacunas e lamúrias existenciais, uma classe comiserada que se entrega de corpo e alma para uma canalha política se vangloriar.
O ambiente escolar nos diversos níveis, seja ensino infantil, básico fundamental, médio ou superior, se transformou no Brasil, em todos os cantos deste País continental fonte de suspeição. A propaganda oficialesca midiatizada pelos recursos de uma propaganda enganosa, seja de governantes de esquerda ou direita, populares ou populistas, fez da escola um local fantasioso com professores em situação deplorável.
Não bastasse uma infraestrutura decadente permeada por quinquilharias das novas tecnologias da informação, as formas inovadoras de mediação pedagógica esbarram na penúria existencial dos profissionais da educação – os professores.
Na republiqueta que tem um slogan megalomaníaco “Brasil – Pátria Educadora”, os professores nada tem para comemorar neste dia 15 de outubro. O ajuste fiscal proporcionado pelo Governo Federal, garante recursos aos grandes bancos, retirando somas vultuosas destinada para Educação. É uma triste equação que acompanha o cotidiano daqueles que vivenciam o ambiente escolar. Entre desejos e tesouradas, ministro e secretários da fazenda, gestores das receitas, aduzem a necessidade de corte no PISO NACIONAL DOS PROFESSORES, dado que, a recomposição salarial destes profissionais seria a mola propulsora da crise financeira do setor público, principalmente nos Estados e Municípios,
Na esfera estadual e municipal, a secretaria de educação é conduzida por um gestor com racionalidade cartesiana na distribuição de recursos, com tratamento para os professores digno de um “capataz de estância”. Daí, o crescente número de professores em estresse e adoecimento crescente. Afinal, as estatísticas garantirão o próximo quadro para a propaganda político-eleitoral dos gestores.
Na estrutura das escolas em todos os níveis, a grande preocupação é o dimensionamento de número de alunos por professor, garantindo uma medida padrão que nenhum gestor ou professor quem e por que inventou tal padrão. As salas de aula, bibliotecas e espaços de convivência são transformados em local de “tortura escolarizante” com professores em estágio de “normalidade sofrente”.
Entre os discursos ufanistas de políticos profissionais e miragens imagéticas de marqueteiros de ocasião, explode o desalento e desencantamento dos “profissionais da educação”.
O desafio constante dos professores é sobreviver!!! Com salários ridículos, condições laborais estressantes, infraestrutura inadequada, a escola se transformou na câmara mortuária do futuro de uma geração.
Enquanto um discurso cínico e hipócrita de festejo do “Dia d@s Professor@s” permeia o cotidiano escolar neste 15 de Outubro, os hábeis gestores e governantes, politicamente operam a redução de investimentos na educação e na valorização d@s profissionais da educação.
Nesta renitente luta pela melhoria das condições de trabalho e vida, não rendam homenagens aos governantes sabujos, repudiemos falsas homenagens, e, comparemos os padrões salariais vigentes.
Daí, chegaremos ao cálculo que o SALÁRIO DOS PROFESSORES comparado com a CLASSE POLÍTICA EM GERAL na republiqueta brasileira, não passa de UM TOCO DE GIZ!!! TRISTE SINA DE UMA CLASSE IMPRESCINDÍVEL PARA CONSTRUIR UMA NAÇÃO.
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