O jornalista cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome desde o dia 24/02, criticou o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e reafirmou que não desistirá do protesto.
“Com essa declaração o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstra é seu comprometimento com a tirania dos Castro e seu desprezo com os presos políticos e seus familiares. A maioria do povo cubano se sente traída por um presidente que um dia foi um preso político”, disse Fariñas, em entrevista à Folha de S. Paulo.
Lula, em entrevista concedida à Associated Press e divulgada na terça-feira (09/03), repudiou a greve de fome como forma de protesto e pediu respeito à decisão da Justiça cubana.
“Nós temos que respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano de prender as pessoas em função da legislação de Cuba, como eu quero que eles respeitem o Brasil, como eu quero respeitar aquilo que os Estados Unidos fizerem, cumprindo a lei. A partir daí, um cidadão, fazer uma greve de fome até se permitir morrer... Eu já fiz greve de fome e nunca mais farei. Eu acho uma insanidade judiar do próprio corpo”, afirmou.
O jornalista, que recusou convite para se exilar na Espanha, responsabilizou o governo cubano e os governos que o apoiam, incluindo o Brasil, pela morte de Orlando Zapata Tamayo. Segundo Fariñas, Lula agiu de “má-fé” ao visitar a ilha logo após a morte de Zapata.
“Ele (Lula), como ex-preso político, poderia ter cancelado a visita”, disse Fariñas.
Aline Graziela deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Jornalista em greve de fome critica declaração de ...": Não consigo escolher um lado para defender nesta história. De um lado a privação de liberdade, um governo autoritário. De outro, o capitalismo devorador, que quase levou todos os países à falência em 2008. Não existe um meio-termo mais agradável? Partimos da premissa que somos melhores do que eles, que nossa democracia é melhor do que o sistema em que os cubanos vivem(assim como os EUA acreditavam que o Iraque viveria melhor sem o Sadan). Será que vive mesmo? Meio-termo, cadê? Ou concordam, ou invadimos? Ou concordam, ou matamos? Dois extremos, não há lado ideal
The Guardian confirma radiação no Iraque
ResponderExcluirquinta-feira, 11 março, 2010 às 6:44
Semana passada postei aqui uma matéria da BBC sobre o nascimento de inúmeras crianças com defeitos congênitos na cidade de Fallujah, no Iraque, uma das mais castigadas por bombardeios americanos contra a resistência iraquiana. Segunda-feira, o jornal inglês The Guardian publicou uma matéria relatando que um estudo oficial do governo – pró-americano – daquele país confirma que há elevados níveis de contaminação por urânio – numa versão empobrecida usada para dar mais capacidade de perfuração aos projéteis – e por dioxina, um organocloreto usado como herbicida ,mas também parte do infeliz “agente laranja” usado na Guerra do Vietnã pelos EUA.
Diz o jornal que “areas dentro e próximas das maiores cidades do Iraque, incluindo Najaf, Basra e Fallujah respondem por cerca de 25% dos locais contaminados, parecvem ser as comunidades que têm tido um aumento nos casos de câncer e defeitos de nascença nos últimos cinco anos.
O curioso é que, diante de uma barbaridade destas a comunidade internacional, preocupadíssima com substancias radiativas pensa em punir o…Irã. Sobre isso, como tenho dito, não sai uma linha nos nossos jornais.
Brizola Neto
Todos sabemos que a publicidade do jornalista cubano em greve de fome, esta tendo no Brasil, e puramente por interesses outros que nao o humanitário. Se o governo neste pais fosse outro, nem saberíamos que em Cuba existem presos fazendo greve de fome. As pessoas que estão se utilizando da greve de fome do jornalista, para fins puramente político, sao as mesmas que acham que no Brasil nao tem e nunca teve escravidão e que o estupro de escravas era consentido. Sao as mesmas pessoas que sao contra qualquer punição aos torturadores do Regime Militar, ou seja, nao estão nem ai para o coitado do jornalista, muito pelo contrario, torcem para que ele morra, para poderem dizer que o governo brasileiro ajudou a matar o jornalista em greve de fome.
ResponderExcluirAlberto