O que teria a ver o atual senador e ex-governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), com Braz Paschoalin (PSDB), assassinado a tiros em frente a uma emissora de rádio em Jandira, SP?
O que ligaria estes dois homens de lugares e ideologias tão diferentes (rs)?
A educação!
Tanto Luiz Henrique com Paschoalin foram administradores que não mediram esforços para melhorar a educação de seus estados e municípios. Paschoalin, mais moderado, investiu alguns milhares de reais na educação. Já Luiz Henrique, homem de visão universal e sabedor que tudo que vem de fora é sempre melhor, investiu milhões!
A revista Veja desta semana publica na sua página 44 uma nota onde diz que nas investigações do assassinato do prefeito Braz Paschoalin os promotores encontraram vários indícios de corrupção durante sua administração. Uma delas foi os gastos da prefeitura com jogos Lego. Braz Paschoalin teria gasto 600.000 reais na compra dos bloquinhos de plástico e mais 400.000 mil para ensinar os professores a usar o brinquedinho.
Aqui, durante sua administração, Luiz Henrique da Silveira gastou nada menos que R$ 7,4 milhões com a brincadeira do Lego. R$ 5,4 milhões pelos bloquinhos de plástico e, pasmem, mais R$ 2 milhões para os professores aprenderem a usar o complexo brinquedo.
Isso que é investir em educação! E tem professor que ainda reclama!!!!
Em 10 de fevereiro de 2009 o colega Cesar Valente já denunciava a bandidagem. niguém fez nada até hoje. Alô Ministério Público !!!!!
Pérolas do DOE
Um Lego de R$ 7 milhões para SC
Por Cesar Valente ⋅ 10 de fevereiro de 2009, às 05:58
Ô brinquedinho caro...
Lego é um brinquedo de montar, importado (a sede é na Dinamarca), caro pra chuchu. Dá uma passadinha em qualquer loja de brinquedos e espia quanto custa.
Robozinho Lego
Pois bem, naturalmente, hoje Lego não é mais só um monte de tijolinhos que se encaixam. Desenvolveram ramos destinados ao ensino de rudimentos da robótica, de automação, mecânica, etc. E criaram uma divisão, Lego Education, que tem centros em alguns dos países mais desenvolvidos do mundo: Japão, Coréia, China e Estados Unidos. E tem revendedores de seus programas voltados para escolas, principalmente pré-escola, no mundo todo.
E aí, se vocês têm me acompanhado por algum tempo, já estão notando que, se é caro, sofisticado, importado, se é coisa de primeiro mundo, é claro que o governo LHS vai querer. Será?
Pois está no Diário Oficial do Estado do último dia 4 de fevereiro, que a Secretaria da Educação comprou, sem licitação (claro, claro), um negócio que o representante da Lego no Brasil (EDAcom) chama de “Tecnológico Lego Educacional”.
Pela coisa em si, o abastado contribuinte catarinense está pagando a mixaria de R$ 5,4 milhões. Mas a coisa em si não funciona sozinha, precisa de assessoria técnica para implantar, para ensinar os professores a usar e outras coisinhas mais. E lá se foram mais R$ 2 milhões. No total, com a brincadeira de implantar nas escolas públicas catarinenses essa tecnologia de primeiro mundo, vamos pagar R$ 7,4 milhões. Falei que era um brinquedo caro…
Como o Carnaval se aproxima, nem vou insistir no assunto, querendo saber de prioridades, se outras necessidades básicas das escolas públicas já estão atendidas, etc e tal (claro que sobre salários de professores é bom não falar, porque é tabu). Vou diretamente ao quartinho da costura, onde estou alinhavando, nas horas vagas, a minha fantasia de palhaço. Tá ficando muito legal…
Não adianta sabermos disto, não conseguimos fazer nada mesmo, o povo em geral, não fica sabendo e nem quer saber sobre estas coisas. Alguns poucos veem estas falcatruas, mas não dá em nada, os poderes são todos coniventes devido as articulações políticas instituídas pelo Luiz XV.
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