domingo, 28 de agosto de 2011

The look of love around the world

Por Marcos Bayer

    De todas as sensações humanas, nenhuma maior do que a do amor. Inebriante desejo que atrai e devolve, como um imã invisível, a necessidade de reunião como na mitologia grega, onde um passou a ser dois para voltar a ser um. Eternamente...

    Em seu nome, passageiro ou permanente, a vida gira e cantam as almas, sejam elas como forem, sedentas da experiência humana. Ele vem de várias formas, silencioso ou estridente, anônimo ou identificado, intenso ou suave.

    Não é possível explicar, represar ou banir. O amor é força incontrolável.

    Ele começa na escola, quando meninos e meninas se entre olham e elegem seus diletos, sem saber o motivo. Na adolescência ele se instala para conduzir as descobertas da sexualidade. Depois, ele é a base para a procriação e, consequentemente, para a continuidade da espécie. E aí, aparentemente, ele ficará contido no casamento, deslizando pelos anos até o momento final.

    Ou, de maneira alucinante, ele vem e bate à porta, entra e diz: Estou aqui mais uma vez para saber o que sou e o que posso significar. E, quando correspondido, move todos os obstáculos para que possa acontecer e corporificar.

    Ele acontece na pequena vila nos arredores de Saigon, no lado proibido de Berlin, na esquina noturna de São Paulo, na praia da Joaquina, no Central Park de Nova York ou nas ruas de Paris. Ele acontece em todo lugar, por todo o mundo. Pode ser numa tarde chuvosa e fria de inverno ou numa manhã ensolarada de verão.

    Ele vem sempre, mesmo no final da estrada da vida. Ele é um fazedor de encontros, um descobridor de essências, um provedor de prazer. Inesperadamente ele diz: Canta, canta mais alto que eu quero ouvir...

    E assim ele segue, através dos tempos, acompanha o Homem e molda sua História.

    Quantas Cleópatras não dividiram Roma? Quantas Helenas não queimaram Tróia? Quantas delas, em nome dele, não escreveram as mais belas páginas da história humana?

    Ao partir, e todos partiremos de alguma forma, quase nada levaremos. Talvez, apenas o amor, da forma que for, com ou sem dor...

    Assim, feliz daquele que puder dizer: There is no other Troy for me to
burn...


Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "The look of love around the world": Concordo como tudo e acrescento algo que escreví: "Vou fazer uma viagem. Uma viagem diferente, sem ticket, malas ou bagagens. Em comum apenas, um caminho e um destino. Vou ao encontro de mim mesmo. Mas como me encontrar? Por quais caminhos? Eu bem sei. A DOR é a seta, o AMOR a meta. Quando se anda, se anda, se anda e só DOR se colhe, o caminho deve estar errado. Pode-se persistir no erro, o livre-arbítrio nos permite isso, mas gera tanta DOR que torná-se insuportável. Vou procurar outro caminho. Por que achar que a felicidade está no corpo mais belo, no carro mais bonito; por que achar que a felicidade está nas ilusões da matéria? Não, chega! Alguém já falou em algum lugar: "a felicidade está dentro de nós, não em torno de nós". Viajo então, fechando os olhos físicos, trilhando caminhos que me levem ao meu interior. Quero me descobrir e me descobrindo vou me gostar mais, e me gostando mais terei mais certeza e menos medo. Você que me lê agora, feche os olhos, diminua a luz do recinto, escute uma música suave (eu estou escutando Andrea Bocelli) e perceba que o sangue que circula em nossas veias quer apenas harmonia; que o ar que expiramos vai morar nos vegetais e estes nos oferecem em troca, o oxigênio, numa simbiose perfeita para a vida. Perceba que o ferro incandescente, pela dor física, nos ensina nunca mais tocá-lo. Não há diferença entre a dor física e a sentimental, ou melhor, há... É que com a primeira se aprende mais rápido. E agora que estou "aqui dentro", dentro de mim, sinto o que há em todos nós: AMOR.
Nós somos AMOR em essência, primeiro ainda de forma egoística, no círculo familiar, ("quero o bem dos meus") mais tarde vamos ampliando essa chama, açambarcando nossos amigos e os que nos são afins. E nossos inimigos, amaremos um dia? Claro que sim. É preciso compreender que o erro é passageiro, que o amor é paulatino. Lembra do ferro incandescente? A dor nos fez aprender nunca mais tocá-lo lembra? Nossos erros são passageiros e serão reabsorvidos pela "economia da vida". Por mais que alguém tenha me causado mal, é um errante passageiro, meu irmão. Fora da reencarnação não há salvação. Ou acreditamos nos ensinamentos cristãos, ou jogamos a toalha e vamos brincar de amarelinha. Entendeu?
(Nilson Octávio)
 

Um comentário:

  1. Concordo como tudo e acrescento algo que escreví: "Vou fazer uma viagem. Uma viagem diferente, sem ticket, malas ou bagagens. Em comum apenas, um caminho e um destino. Vou ao encontro de mim mesmo. Mas como me encontrar? Por quais caminhos? Eu bem sei. A DOR é a seta, o AMOR a meta. Quando se anda, se anda, se anda e só DOR se colhe, o caminho deve estar errado. Pode-se persistir no erro, o livre-arbítrio nos permite isso, mas gera tanta DOR que torná-se insuportável. Vou procurar outro caminho. Por que achar que a felicidade está no corpo mais belo, no carro mais bonito; por que achar que a felicidade está nas ilusões da matéria? Não, chega! Alguém já falou em algum lugar: "a felicidade está dentro de nós, não em torno de nós". Viajo então, fechando os olhos físicos, trilhando caminhos que me levem ao meu interior. Quero me descobrir e me descobrindo vou me gostar mais, e me gostando mais terei mais certeza e menos medo. Você que me lê agora, feche os olhos, diminua a luz do recinto, escute uma música suave (eu estou escutando Andrea Bocelli) e perceba que o sangue que circula em nossas veias quer apenas harmonia; que o ar que expiramos vai morar nos vegetais e estes nos oferecem em troca, o oxigênio, numa simbiose perfeita para a vida. Perceba que o ferro incandescente, pela dor física, nos ensina nunca mais tocá-lo. Não há diferença entre a dor física e a sentimental, ou melhor, há... É que com a primeira se aprende mais rápido. E agora que estou "aqui dentro", dentro de mim, sinto o que há em todos nós: AMOR.
    Nós somos AMOR em essência, primeiro ainda de forma egoística, no círculo familiar, ("quero o bem dos meus") mais tarde vamos ampliando essa chama, açambarcando nossos amigos e os que nos são afins. E nossos inimigos, amaremos um dia? Claro que sim. É preciso compreender que o erro é passageiro, que o amor é paulatino. Lembra do ferro incandescente? A dor nos fez aprender nunca mais tocá-lo lembra? Nossos erros são passageiros e serão reabsorvidos pela "economia da vida". Por mais que alguém tenha me causado mal, é um errante passageiro, meu irmão. Fora da reencarnação não há salvação. Ou acreditamos nos ensinamentos cristãos, ou jogamos a toalha e vamos brincar de amarelinha. Entendeu?
    (Nilson Octávio)

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