Moradores do distrito preferem não esperar a reunião ordinária do Conseg na próxima quinta-feira e realizam hoje (segunda, 22.8) um encontro de emergência no salão paroquial da igreja de Santo Antônio de Lisboa, às 19h30. O quarto assalto ao restaurante Por do Sol no fim de semana foi a gota d`água para a revolta de toma conta da região.
“Se o Conseg quiser ajudar nós aceitamos, mas vamos fazer nós mesmos a nossa segurança”, diz Anézio Andrade, provedor da Irmandade do Divino Espírito Santo e vítima do assalto ao restaurante Porto do Sol, cujos proprietários resolveram fechar as portas do estabelecimento. “Nosso problema não é mais com a polícia”, salienta Andrade.
O sentimento de revolta demonstrado por Anézio, sempre calmo e comedido nas palavras e ações, reflete o clima de tensão vivido no distrito. Na semana passada, quando a Polícia Civil anunciou a prisão de uma quadrilha apontada como responsável por barbarizar a região, houve uma sensação de alívio. Mas isso não sobreviveu 48 horas, tendo sido abatido pela truculência do assalto ao restaurante Por do Sol – funcionários e proprietários submetidos à humilhação.
Até recentemente havia uma expectativa em relação às ações das autoridades de segurança, sendo o Conseg Costa do Sol Poente a expressão concreta desta boa vontade. Entretanto, por uma série de omissões oficiais e ações da criminalidade, a paciência foi se esgotando e parece haver chegado ao limite. Ou se esgotado.
Como Anézio Andrade, as demais pessoas que compartilham da revolta contra o descaso das autoridades policiais são conhecidas e respeitadas em todo o distrito, suas vozes são ouvidas. Há uma expectativa da participação dos donos de restaurantes da região, que preferiam não ver divulgadas as informações sobre a insegurança vivida no distrito, temendo a diminuição do movimento.
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