Da Folha
Assim como seu antecessor, o novo livro de Leandro Narloch (dessa vez, em companhia de Duda Teixeira) "Guia Politicamente Incorreto da América Latina" (LeYa), analisa histórias de heróis e revoluções talvez um pouco exageradas, equivocadas ou mentirosas mesmo, só que em um cenário um pouco mais extenso, porém, do mesmo modo controverso e mítico dos países latinos.
A expressão "é tudo farinha do mesmo saco" cai muito bem nesse caso, pois como explicam os autores, as línguas, culturas e costumes podem ser muito diferentes, mas curiosamente, o passado, de certo, é sempre o mesmo: sofrido.
"Talvez a principal semelhança entre os latino-americanos não seja algo que venha de nossos longínquos antepassados, como a língua, e sim em um traço recente, forjado lentamente ao longo de séculos. Bolivianos, mexicanos, brasileiros e todos os demais, quando vislumbram o próprio passado, contam exatamente a mesma história."
Logo de saída, Narloch e Teixeira apresentam um guia básico que "define" os latino-americanos. A partir disso, as próximas páginas vão esmiuçar os fatos e as vidas de grandes personagens, como Che Guevara, Perón e Evita, Astecas, Mais e Incas, Salvador Allende e Pancho Villa, sempre com bom humor e referências de dezenas de artigos de estudiosos que apontam possibilidades para se pensar as histórias, tão recalcadas nos tradicionais livros de história, sob novos pontos de vista.
Antes de desmascarar os personagens, leia a fórmula básica para ser um bom latino-americano. Beba na fonte.
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