"Nestes dias de comemoração dos 170 anos da Fotografia, tenho a tristeza de ter que anotar a morte de meu querido amigo Mariozinho – Mario Cravo Neto.
Grande fotógrafo, escultor. Nos conhecemos em São Paulo, no final dos anos 60. Em 1971, na primeira vez que fui à Bahia, pude revê-lo e conhecer seu pai, Mário Cravo Junior, grande escultor. E meu amigo também, que agora, já velhinho, vai enterrar seu amado filho. É barra.
Voltei outras vezes à Bahia, e em 76, morei seis meses em Salvador, trabalhando no Jornal da Bahia e como correspondente da revista Visão.
Aí nossa amizade estreitou-se. Era sempre recebido pelos Mários em suas casas com muito carinho, muita conversa boa, podendo sempre acompanhar o trabalho de ambos. Ví duas belas exposições de fotos: uma no Solar do Unhão, com multiprojeção de slides, uma sinfonia fotográfica, e outra que realizou juntamente com Vicente Sampaio Neto, de fotos pb, lindíssimas. Em sua casa conheci ainda Miguel Rio Branco, outro fantástico fotógrafo. E conheci ainda uma princesa italiana que nos preparou um macarrão inesquecível...
Mário Jr levou os filhos prá Europa, e Mariozinho cedo estava estudando fotografia na Alemanha. Vi coisas maravilhosas produzidas por ele, como fotógrafo. Era também escultor, mas suas fotos se afirmaram. Tenho um livro seu, “Ex-voto”, com fotos belíssimas desses trabalhos escultóricos oferecidos como agradecimento a graças obtidas.
Depois que mudei de Salvador, de volta aqui prá Floripa, nos encontramos mais algumas vezes em São Paulo, ao longo dos anos.
Nunca mais voltei à Bahia. Felizmente, não perdemos Mário Cravo Neto – suas fotos ficam como uma maravilhosa presença na vida brasileira".
Dario de Almeida Prado Jr.
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