Walter Firmo: A aventura do Olhar
Por Nei Duclós
Um criador não cruza os braços quando vira a maré: procura pressionado pelas circunstâncias, desenvolver seu garimpo obedecendo à velha lição política, de praticar a arte do possível. No caso do fotógrafo Walter Firmo, carioca de São Cristóvão, 47 anos e 25 de profissão, a repressão e a censura que se abateram sobre o trabalho jornalístico do País chegaram tarde demais: ele já tinha provado o sal da aventura e da criatividade no início da sua carreira, na década de 50, quando conseguiu uma vaga na Última Hora, do Rio, dirigida, na época, por Samuel Wainer.
Os ídolos da fotografia nessa fase anterior a 1964 eram os da revista Cruzeiro. Havia uma mística no jornalismo, principalmnete o fotográfico, num tempo em que a televisão não tinha nenhuma importância no Brasil. Assim, quando a maré virou, Walter Firmo - que da Última Hora pulou para o Jornal do Brasil e, mais tarde, para as revistas semanais- já era um repórter fotográfico forjado numa luta que por um tempo funcionou como um projeto em todo o País: o de desvendar a realidade brasileira, descobrir seu rosto, mudar a imagem que a população fazia de si mesma. Um projeto que, na área do foto jornalismo, pode ser resumido numa expressão, usada freqüentemente por Walter Firmo: o da descolonização do olhar. Saiba mais sobre Firmo.
Por Nei Duclós
Um criador não cruza os braços quando vira a maré: procura pressionado pelas circunstâncias, desenvolver seu garimpo obedecendo à velha lição política, de praticar a arte do possível. No caso do fotógrafo Walter Firmo, carioca de São Cristóvão, 47 anos e 25 de profissão, a repressão e a censura que se abateram sobre o trabalho jornalístico do País chegaram tarde demais: ele já tinha provado o sal da aventura e da criatividade no início da sua carreira, na década de 50, quando conseguiu uma vaga na Última Hora, do Rio, dirigida, na época, por Samuel Wainer.
Os ídolos da fotografia nessa fase anterior a 1964 eram os da revista Cruzeiro. Havia uma mística no jornalismo, principalmnete o fotográfico, num tempo em que a televisão não tinha nenhuma importância no Brasil. Assim, quando a maré virou, Walter Firmo - que da Última Hora pulou para o Jornal do Brasil e, mais tarde, para as revistas semanais- já era um repórter fotográfico forjado numa luta que por um tempo funcionou como um projeto em todo o País: o de desvendar a realidade brasileira, descobrir seu rosto, mudar a imagem que a população fazia de si mesma. Um projeto que, na área do foto jornalismo, pode ser resumido numa expressão, usada freqüentemente por Walter Firmo: o da descolonização do olhar. Saiba mais sobre Firmo.
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