Por Edison da Silva Jardim Filho
A notícia mais veiculada e comentada, na semana passada, pela imprensa e pelos blogs que tratam de política, foi a avaliação que o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez da, digamos assim, capacidade intelectiva da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
A revista “Piauí” publicou em sua edição de agosto, que deve estar disponível nas bancas em Santa Catarina no decorrer desta semana, uma entrevista com o então ministro da Defesa, Nelson Jobim. Abordando a discussão sobre a liberação de documentos sigilosos do Estado, ele metralhou as duas pessoas, dentre todos os ministros, mais importantes do governo Dilma Rousseff: “É muita trapalhada, a Ideli é muito fraquinha e Gleisi nem sequer conhece Brasília.”
Como visto, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, recebeu um tirinho de bala de borracha, ao passo que a ministra Ideli Salvatti foi alvejada com um projétil de canhão. Essa e outras partes apimentadas da entrevista foram antecipadas pelo jornal “Folha de S.Paulo”. O então ministro Nelson Jobim desdisse o que falara, culpando a imprensa, como é do seu costume. Nunca achei que o ex-ministro Nelson Jobim fosse flor que se cheire, desde a sua passagem pelo Supremo Tribunal Federal, mas, inegavelmente, é um homem inteligente e preparado.
Depois, o senador José Sarney, que a ministra Ideli Salvatti, quando desempenhava a função de líder do governo no Congresso Nacional, defendeu com olhos esbugalhados e dedo em riste, lançou, na imprensa, um chiste que não infirmava, muito pelo contrário, sutilmente corroborava a observação do ministro Nelson Jobim: “A Ideli é até bem gordinha, não é bem fraquinha.” Desconfio que a longevidade da safadeza do senador José Sarney advém de sua perspicácia. Em seguida, foi publicada nota na coluna “Direto de Brasília”, titularizada pelo jornalista Cláudio Humberto, que li no jornal “Diarinho”, com o comentário do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que também é, reconhecidamente, inteligente e preparado: “Jobim não deveria ter falado mal da Ideli. Mas que ela é fraquinha, é!”
É nisso que dá as pessoas não terem espelho em casa e aceitarem cargos públicos muito maiores do que as suas capacidades e potencialidades.
Foi a ministra Ideli Salvatti quem pagou o pato, mas, sejamos honestos: a imensa maioria dos políticos em atividade no Brasil é “muito fraquinha”! O então ministro Nelson Jobim, antes de falar da ministra Ideli Salvatti, já tinha se referido a esse fenômeno observável na vida pública brasileira. Foi no discurso proferido na homenagem que o Senado Federal prestou ao ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, por ocasião dos seus 80 anos. Ele, aludindo a um dos “gênios da raça”, o escritor Nelson Rodrigues, afirmou: “O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas...”
Procurem analisar cada um dos políticos importantes de Santa Catarina. Quem escapa do enquadramento de “muito fraquinho”? E quem vocês acham que, escapando dessa primeira peneirada, também escaparia da segunda, representada pelas características dos “indivíduos medíocres”, descritas no livro: “O homem medíocre”, publicado em 1913, de autoria do pensador argentino, José Ingenieros? “Desprovidos de asas e de plumas, os indivíduos medíocres são incapazes de voar até as alturas ou de se bater contra o rebanho. (...) Passam pelo mundo cuidando de sua sombra e ignorando sua personalidade. (...) Sozinhos, não existem. Sua estrutura amorfa obriga-os a se apagar numa raça, num povo, num partido, numa seita, num grupo: sempre imitando os outros. (...) Assim medram. Seguem o caminho das menores resistências, nadando a favor de toda corrente e mudando com ela... Crescem porque sabem se adaptar à hipocrisia social, como os vermes à entranha.”
Escapou algum?!...
L.A. deixou um novo comentário sobre a sua postagem "“FRAQUINHOS” E/OU MEDÍOCRES": Grande comentário.
Somos um povo excepcional e temos uma classe política, que nos representa, vesga, míope, falsa ou ladra.
Escapa algum?
A notícia mais veiculada e comentada, na semana passada, pela imprensa e pelos blogs que tratam de política, foi a avaliação que o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez da, digamos assim, capacidade intelectiva da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
A revista “Piauí” publicou em sua edição de agosto, que deve estar disponível nas bancas em Santa Catarina no decorrer desta semana, uma entrevista com o então ministro da Defesa, Nelson Jobim. Abordando a discussão sobre a liberação de documentos sigilosos do Estado, ele metralhou as duas pessoas, dentre todos os ministros, mais importantes do governo Dilma Rousseff: “É muita trapalhada, a Ideli é muito fraquinha e Gleisi nem sequer conhece Brasília.”
Como visto, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, recebeu um tirinho de bala de borracha, ao passo que a ministra Ideli Salvatti foi alvejada com um projétil de canhão. Essa e outras partes apimentadas da entrevista foram antecipadas pelo jornal “Folha de S.Paulo”. O então ministro Nelson Jobim desdisse o que falara, culpando a imprensa, como é do seu costume. Nunca achei que o ex-ministro Nelson Jobim fosse flor que se cheire, desde a sua passagem pelo Supremo Tribunal Federal, mas, inegavelmente, é um homem inteligente e preparado.
Depois, o senador José Sarney, que a ministra Ideli Salvatti, quando desempenhava a função de líder do governo no Congresso Nacional, defendeu com olhos esbugalhados e dedo em riste, lançou, na imprensa, um chiste que não infirmava, muito pelo contrário, sutilmente corroborava a observação do ministro Nelson Jobim: “A Ideli é até bem gordinha, não é bem fraquinha.” Desconfio que a longevidade da safadeza do senador José Sarney advém de sua perspicácia. Em seguida, foi publicada nota na coluna “Direto de Brasília”, titularizada pelo jornalista Cláudio Humberto, que li no jornal “Diarinho”, com o comentário do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que também é, reconhecidamente, inteligente e preparado: “Jobim não deveria ter falado mal da Ideli. Mas que ela é fraquinha, é!”
É nisso que dá as pessoas não terem espelho em casa e aceitarem cargos públicos muito maiores do que as suas capacidades e potencialidades.
Foi a ministra Ideli Salvatti quem pagou o pato, mas, sejamos honestos: a imensa maioria dos políticos em atividade no Brasil é “muito fraquinha”! O então ministro Nelson Jobim, antes de falar da ministra Ideli Salvatti, já tinha se referido a esse fenômeno observável na vida pública brasileira. Foi no discurso proferido na homenagem que o Senado Federal prestou ao ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, por ocasião dos seus 80 anos. Ele, aludindo a um dos “gênios da raça”, o escritor Nelson Rodrigues, afirmou: “O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas...”
Procurem analisar cada um dos políticos importantes de Santa Catarina. Quem escapa do enquadramento de “muito fraquinho”? E quem vocês acham que, escapando dessa primeira peneirada, também escaparia da segunda, representada pelas características dos “indivíduos medíocres”, descritas no livro: “O homem medíocre”, publicado em 1913, de autoria do pensador argentino, José Ingenieros? “Desprovidos de asas e de plumas, os indivíduos medíocres são incapazes de voar até as alturas ou de se bater contra o rebanho. (...) Passam pelo mundo cuidando de sua sombra e ignorando sua personalidade. (...) Sozinhos, não existem. Sua estrutura amorfa obriga-os a se apagar numa raça, num povo, num partido, numa seita, num grupo: sempre imitando os outros. (...) Assim medram. Seguem o caminho das menores resistências, nadando a favor de toda corrente e mudando com ela... Crescem porque sabem se adaptar à hipocrisia social, como os vermes à entranha.”
Escapou algum?!...
L.A. deixou um novo comentário sobre a sua postagem "“FRAQUINHOS” E/OU MEDÍOCRES": Grande comentário.
Somos um povo excepcional e temos uma classe política, que nos representa, vesga, míope, falsa ou ladra.
Escapa algum?
Os remendos fraquinhos do DEINFRA.
ResponderExcluirAcerca de sete dias os moradores do norte da ilha sofreram com as filas para voltar para casa e com a troca de pneus em plena chuva por conta de um buraco na pista da SC 401, próximo ao Corporate Park. Passada a chuva o buraco foi fechado por empresa contratada pelo DEINFRA.
Ontem, novamente, fomos surpreendidos com as filas e os problemas nos pneus, o motivo: a "obra" não resistiu uma semana.