quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Jornalismo no front

"O capitão Luiz Arriola, que tem na bagagem 15 meses de Iraque, estava “complacente”, como se diz aqui muito. “Já estava até dormindo dentro dos MRAPs nos trajetos para as missões, bem tranqüilo, achando que nada ia acontecer.” Uma granada, uma troca de tiros e um IED o deixaram mais esperto. Há cerca de 4 semanas, os soldados foram verificar a torre de rádio e acabaram recebidos por fogo cerrado e granadas. Há três semanas, o Humvee que estava na sua frente foi atingido por um IED, capotou, e o atirador – o soldado que fica em cima, para fora do veículo - quebrou as duas pernas. “Ele foi pra Alemanha, graças a Deus não vai perder as pernas.”

Trecho de reportagem da jornalista Patrícia Campos Mello, correspondente de guerra do jornal O Estado de SP no Afeganistão. Vi referência sobre seu blog em e-mail do Cesar Maia e fui dar uma visitada. O texto livre flui naturalmente. Delicado sem afetação, mostra o cotidiano de tropas militares em bases cercadas por inimigos em um país extrangeiro. Para quem gosta de jornalismo feito no sufuco, é um prato.

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