quinta-feira, 13 de outubro de 2011

LOBATO E O FIM DO PAPEL

Por Janer Cristaldo

Cada colaborador do Remember,  jornal criado na ficção lobatiana, "radiava" de sua casa, numa certa hora, o seu artigo, e imediatamente suas idéias surgiam impressas em caracteres luminosos na casa dos assinantes. Numa época em que computador, fibras óticas e satélites pertenciam ao universo mental de visionários, Lobato fala de rádio-transporte.

    Leio que a circulação de jornais no mundo caiu no ano passado no mundo todo. Só podia cair mesmo. Para que comprar jornais se posso lê-los em meu computador? Verdade que eu ainda compro. Mas não duvido que em breve me cure da doença. Compro os dois principais jornais daqui de São Paulo. Compro de besta, sei. Ocorre que vício não se abandona da noite pro dia. Jornais estrangeiros, que também chegam aqui no dia, prefiro lê-los na telinha. Antes que M. Dupont saia para comprar sua baguete, eu já li o Monde.

    Com a Internet, toda notícia de jornal tem sabor de antiga. Os fatos ocorrem hoje e o jornal só sai amanhã. Mas ainda assim esse meio de comunicação alcança mais pessoas do que a Internet, diz a pesquisa da Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA, na sigla em inglês). Certamente não será por muito tempo.

    Os jornais impressos diários tiveram uma queda de 2% na circulação, de 528 milhões em 2009 para 519 milhões em 2010. Esses veículos são lidos por 2,3 bilhões de pessoas no mundo, um número 20% maior do que o 1,9 bilhão de pessoas que a internet alcança. Em muito breve, esta proporção será certamente invertida. Leia artigo completo. Beba na fonte.

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