Por Janer Cristaldo
Há uns quarenta anos e lá vai pedrada, namorei uma guarani linda. Pela primeira vez em minha vida, tive uma percepção do feminino. Certo dia, quando fui buscá-la em casa, encontrei-a toda enfeitada e cheirosa. Naquele momento, senti que tinha conquistado seu afeto. Ela se enfeitara para seduzir-me. Toda mulher se enfeita para seduzir. E o homem também. Quando vamos encontrar uma pessoa que nos fascina, caprichamos na barba, na aparência, na roupa.
Pertenço àquela antiga estirpe que olhava mulheres na rua. Se contemplamos um quadro bonito, por que não contemplaríamos uma mulher? Às vezes, a beleza é tal que me sinto forçado a manifestar meu fascínio. Ainda há pouco, encontrei uma mulher linda em um de meus botecos. Não resisti. Fui até a mesa dela e pedi licença para confessar-lhe algo: você é linda. Nossa! Ela se derreteu em um sorriso divino, pelo jeito nunca alguém lhe dissera o óbvio.
As mulheres se enfeitam, obviamente, para seduzir. Mostram uma nesga de corpo aqui, outra lá. O vestuário contemporâneo é generoso. Se uma mulher é despojada de quadris, pode salientar os seios. E vice-versa. A moda permite uma certa nudez vestida. Outro dia, em minha rua, ouvi frase significativa. Uma mulher bonita e provocante virou-se feliz para três velhotes judeus e disse: “obrigada, hoje ganhei meu dia”. Os velhotes, obviamente, haviam proferido algum piropo em homenagem à sua beleza. Delicie-se com o artigo completo. Beba na fonte
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