Por Emanuel Medeiros Vieira
O passado está aí,
não se foi,
não se vai,
não quer partir.
(Um dia – quando se for – nada mais importará.)
Nele estamos atolados.
Estamos?
O presente é fragilidade
O futuro: velhice e morte.
Sempre queremos alguém (que nos importe/nos ame) quando anoitece.
E quando amanhece, aspiramos um sentido, foco, projeto – que a vida valha a pena, não seja carbono de ontem.
Meu pai – olhar principesco e generoso – está na soleira da porta.
O que é uma ponte?
É um homem numa ponte.
(Alguém já escreveu isso – ninguém é o Adão literário).
Comigo – na noite, no vento, contemplando o mar –, caminham os poetas que “pilhei”.
(Salvador, outubro de 2011)
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