Foto de Mylene Margarida |
Entusiasmado com publicação de denúncia aqui no Cangablog, neurologista manda carta-denúncia sobre hospital de S. Pedro. Segundo o Dr. Paulo Bittencourt "o povo humilde que atendia Não Tem Poder de Denúncia na Mídia Convencional".
Muito bem Dr. Paulo. Vai aí seu desabafo:
Ilmo. Prof. Dr. Armando José d'Acampora
MD Conselheiro do CREMESC
Florianópolis, 25/02/2011.
Prezado colega d’Acampora:
Cumprimentando-o cordialmente, gostaria de lhe fazer uma espécie de consulta-desabafo relacionada a fatos vivenciados por mim no Hospital Santa Teresa/São Pedro de Alcântara/SC. Escrevo-lhe na expectativa de obter uma investigação séria e além de tudo ética. Enumero-os para facilitar minha explanação e o entendimento dos mesmos por vossa
senhoria:
1. Como médico neurologista do Ministério da Saúde, concursado, pedi minha transferência há cerca de sete anos para o Hospital Santa Teresa, um antigo leprosário situado no município de São Pedro de Alcântara.
2. Razão? Vislumbrava (e perseverante continuo vislumbrando) sua transformação em um Centro Neurológico público e de vanguarda, uma necessidade urgente em nossa sociedade. E por isso atendi ao convite do antigo diretor daquela Instituição simpático ao meu ideal.
3. Desde então trabalho com afinco nesta proposta e projetos têm sido apresentados a Secretaria de Estado da Saúde para viabilizar este sonho profissional.
4. Nesta casa tenho o meu ambulatório de Neurologia, vinculado ao SUS, aonde atendo aproximadamente entre duas - três mil pessoas com transtornos neurológicos diversos, provenientes de todo o Estado de Santa Catarina. Por compaixão, não raro, também atendo pessoas provenientes dos mais diversos Estados da Federação.
5. Ao longo destes anos, internei no Hospital algo em torno de cem a duzentas pessoas que necessitavam compensação/conforto dos seus males neurológicos. Estes, em sua maioria, eram pessoas sofredoras de epilepsia que exigiam mudança de tratamento e o ambiente hospitalar, por inspirar segurança, era o mais apropriado para fazê-las. Além disso, eram internadas pessoas vitimadas por uma gama de transtornos, tais como doença dos Açorianos, doença de Parkinson, infartos cerebrais, dependentes químicos, etc.
Jamais tivemos complicações sérias e somente uma única vez tive que transferir um paciente por grave pneumonia para atendimento em outro hospital da rede pública.
6. O Serviço de Neurologia que tenho a honra de liderar sempre foi objeto de reconhecimento por parte dos funcionários, dos usuários e seus familiares; aliás, ao longo destes anos colecionamos cartas de agradecimentos e NENHUMA o criticando. Uma consulta ao livro
disponibilizado aos pacientes/familiares para comentários/críticas na Sala de Espera da Clínica é prova eloqüente disso.
7. Há aproximadamente oito meses, a Secretaria da Saúde indicou uma nova diretora, a enfermeira Terezinha Serrano. E então se iniciou uma era nebulosa na Instituição. Funcionários exemplares perseguidos, pacientes e familiares ofendidos e médicos oprimidos. Bem, exceto uns poucos (melhor seria dizer pouquíssimos) cuja simpatia foi obtida por métodos ensuráveis.
8. No mórbido afã de interromper minhas atividades na casa e de modo autoritário e sem precedentes, mandou fechar minha agenda de consultas. Isso aconteceu em Julho de 2010. Situação revertida por pressão de pacientes e familiares junto a Secretaria de Estado da Saúde. E há provas disponíveis deste delito.
9. Ao retornar de férias, em meados deste Fevereiro, me apresentaram uma nova diretiva (por favor, veja cópia fiel anexada) por parte da mesma personagem: ratificamos que não serão permitidas internações para a especialidade de neurologia. Solicitamos, outrossim que caso haja necessidade de internação, encaminha para a Unidade Hospitalar de Referência nesta especialidade dentro da rede estadual de saúde, o Hospital Governador Celso Ramos. (Ofensas ao bonito idioma português devem ser creditadas a autora do documento).
10. Agora, finalmente, o mais hediondo nesta história. Desde que voltei de férias, solicitei a internação de três pacientes. A saber: O senhor Flávio Zimmermann, com doença de Wilson que acompanho desde há quatro anos. Notei ao regressar de férias que seus sintomas pioraram muito e por isso pedi sua internação para reavaliar seu tratamento.
O segundo, srta. Rosemere Rosa, uma jovem senhora desafortunada com epilepsia severa acompanhada por mim desde há cerca de dez anos.
Ela apresenta quadro confusional secundário a Hiponatremia (um possível efeito colateral da medicação usada), por isso há necessidade premente de mudança de droga anti-epilética e de medidas para fazer retornar sua Natremia ao nível normal.
A terceira, Camila Bitencourt Silveira, 21 anos de idade, vítima de hipóxia natal severa, com epilepsia e tetraparesia espástica. Esta pessoa foi internada por cerca de seis meses no HST no ano passado; sob meus cuidados, teve suas crises controladas e após vinte anos restrita ao leito, com auxílio de um massoterapeuta formidável – o Sr. Evito Gomes – hoje está engatinhando seus primeiros passos. Solicitei hoje (24/02/11) nova internação para uma reavaliação do seu tratamento em virtude de recidiva de crises.
A diretora recusou Todos os meus pedidos de internação.
Assim, o sr. Zimmermann foi internado no HRSJ aonde é assistido por um clínico por não haver neurologista disponível, o especialista está de férias (sic). Perceba, por favor, que segundo o documento assinado pela diretora, o mesmo deveria ter sido internado na Unidade de Referência para Neurologia – o HGCR.
A srta. Rosemere perambula a procura de um hospital, pois não há vagas no HGCR para onde foi encaminhada (sic). Por favor, veja cópia fiel de documento assinado pelo Dr.Henrique Tancredi - hipotético gerente técnico do HST - negando a possibilidade de internação no HST; aliás, onde ela já esteve internada em diversas outras vezes, sempre obedecendo a estrita indicação médica.
Quanto a última paciente – Camila - seus pais foram orientados a procurarem o HGCR sob a justificativa da diretora de que está obedecendo diretrizes do atual Secretário da Saúde proibindo internações neurológicas no HST. Por conhecer o secretário Dalmo Claro de Oliveira, afirmo ser esta mais uma mentira deslavada.
Saliento que os problemas apresentados por estas três pessoas são de fácil enfrentamento, e em qualquer hospital; mais ainda no HST. Muito embora suspeito, por ter sido responsável pelo treinamento, ouso afirmar que poucas casas de saúde em nossa região, dispõem de uma enfermagem tão bem qualificada.
Dr. D’Acampora, alguma autoridade deveria ser sensibilizada para dar um basta definitivo nos disparates autoritários da senhora diretora, a qual na ânsia de me atingir, investe de maneira bovina contra os direitos mais elementares das pessoas humildes que atendo no ambulatório de Neurologia daquela casa.
Finalmente, observo ser tragicômica a alegação sustentada pela sra. Diretora. Por deficiente formação ou por fraqueza de caráter, quiçá por ambos, ela ignora que a Instituição que ora dirige, e bem mal é verdade, foi criada para atender pessoas vitimadas por uma doença essencialmente NEUROLÓGICA. Polineurite é a patologia mais destrutiva em pessoas infectadas pelo bacilo de Hansen.
A situação aberrante descrita pode ser testemunhada por funcionários oprimidos, exemplares profissionais, cada dia mais desestimulados para o trabalho; por pacientes e familiares freqüentadores da Clínica de Neurologia e paradoxalmente por pessoas lá internadas que não vêem a hora de serem libertos da tirania imposta por uma administradora sofrendo de CHEFOSE... aquele transtorno psiquiátrico vulgar que acomete pessoas estúpidas quando no exercício de algum poder.
Rogando intervenção do CREMESC na Instituição, antes que mortes de inocentes aconteçam, despeço-me.
Mui atenciosamente e as ordens para quaisquer esclarecimentos,
Paulo César Trevisol Bittencourt
CRM 2837
Professor de Neurologia da UFSC
www.neurologia.ufsc.br
pcb@neurologia.ufsc.br/pauloctbittencourt@gmail.com
P.S.:
1. Garanto, sob qualquer fé, que o depoimento acima reflete a Verdade, e tão somente ela.
2. Cópias de documentos que comprovam as acusações citadas estão anexadas a esta mensagem.
3. Endereço dos pacientes e seus familiares poderão ser oferecidos para um contato pessoal com os mesmos.
4. Apodrece nos labirintos da Instituição, um aparelho de Eletroencefalografia moderno, recebido da Secretaria da Saúde de SC, via Dr. Roberto Hess de Souza, o qual nunca entrou em funcionamento, malgrado minhas tentativas de fazê-lo. Quem sabe a diretora não sabe do
seu paradeiro?
Muito bem Dr. Paulo. Vai aí seu desabafo:
Ilmo. Prof. Dr. Armando José d'Acampora
MD Conselheiro do CREMESC
Florianópolis, 25/02/2011.
Prezado colega d’Acampora:
Cumprimentando-o cordialmente, gostaria de lhe fazer uma espécie de consulta-desabafo relacionada a fatos vivenciados por mim no Hospital Santa Teresa/São Pedro de Alcântara/SC. Escrevo-lhe na expectativa de obter uma investigação séria e além de tudo ética. Enumero-os para facilitar minha explanação e o entendimento dos mesmos por vossa
senhoria:
1. Como médico neurologista do Ministério da Saúde, concursado, pedi minha transferência há cerca de sete anos para o Hospital Santa Teresa, um antigo leprosário situado no município de São Pedro de Alcântara.
2. Razão? Vislumbrava (e perseverante continuo vislumbrando) sua transformação em um Centro Neurológico público e de vanguarda, uma necessidade urgente em nossa sociedade. E por isso atendi ao convite do antigo diretor daquela Instituição simpático ao meu ideal.
3. Desde então trabalho com afinco nesta proposta e projetos têm sido apresentados a Secretaria de Estado da Saúde para viabilizar este sonho profissional.
4. Nesta casa tenho o meu ambulatório de Neurologia, vinculado ao SUS, aonde atendo aproximadamente entre duas - três mil pessoas com transtornos neurológicos diversos, provenientes de todo o Estado de Santa Catarina. Por compaixão, não raro, também atendo pessoas provenientes dos mais diversos Estados da Federação.
5. Ao longo destes anos, internei no Hospital algo em torno de cem a duzentas pessoas que necessitavam compensação/conforto dos seus males neurológicos. Estes, em sua maioria, eram pessoas sofredoras de epilepsia que exigiam mudança de tratamento e o ambiente hospitalar, por inspirar segurança, era o mais apropriado para fazê-las. Além disso, eram internadas pessoas vitimadas por uma gama de transtornos, tais como doença dos Açorianos, doença de Parkinson, infartos cerebrais, dependentes químicos, etc.
Jamais tivemos complicações sérias e somente uma única vez tive que transferir um paciente por grave pneumonia para atendimento em outro hospital da rede pública.
6. O Serviço de Neurologia que tenho a honra de liderar sempre foi objeto de reconhecimento por parte dos funcionários, dos usuários e seus familiares; aliás, ao longo destes anos colecionamos cartas de agradecimentos e NENHUMA o criticando. Uma consulta ao livro
disponibilizado aos pacientes/familiares para comentários/críticas na Sala de Espera da Clínica é prova eloqüente disso.
7. Há aproximadamente oito meses, a Secretaria da Saúde indicou uma nova diretora, a enfermeira Terezinha Serrano. E então se iniciou uma era nebulosa na Instituição. Funcionários exemplares perseguidos, pacientes e familiares ofendidos e médicos oprimidos. Bem, exceto uns poucos (melhor seria dizer pouquíssimos) cuja simpatia foi obtida por métodos ensuráveis.
8. No mórbido afã de interromper minhas atividades na casa e de modo autoritário e sem precedentes, mandou fechar minha agenda de consultas. Isso aconteceu em Julho de 2010. Situação revertida por pressão de pacientes e familiares junto a Secretaria de Estado da Saúde. E há provas disponíveis deste delito.
9. Ao retornar de férias, em meados deste Fevereiro, me apresentaram uma nova diretiva (por favor, veja cópia fiel anexada) por parte da mesma personagem: ratificamos que não serão permitidas internações para a especialidade de neurologia. Solicitamos, outrossim que caso haja necessidade de internação, encaminha para a Unidade Hospitalar de Referência nesta especialidade dentro da rede estadual de saúde, o Hospital Governador Celso Ramos. (Ofensas ao bonito idioma português devem ser creditadas a autora do documento).
10. Agora, finalmente, o mais hediondo nesta história. Desde que voltei de férias, solicitei a internação de três pacientes. A saber: O senhor Flávio Zimmermann, com doença de Wilson que acompanho desde há quatro anos. Notei ao regressar de férias que seus sintomas pioraram muito e por isso pedi sua internação para reavaliar seu tratamento.
O segundo, srta. Rosemere Rosa, uma jovem senhora desafortunada com epilepsia severa acompanhada por mim desde há cerca de dez anos.
Ela apresenta quadro confusional secundário a Hiponatremia (um possível efeito colateral da medicação usada), por isso há necessidade premente de mudança de droga anti-epilética e de medidas para fazer retornar sua Natremia ao nível normal.
A terceira, Camila Bitencourt Silveira, 21 anos de idade, vítima de hipóxia natal severa, com epilepsia e tetraparesia espástica. Esta pessoa foi internada por cerca de seis meses no HST no ano passado; sob meus cuidados, teve suas crises controladas e após vinte anos restrita ao leito, com auxílio de um massoterapeuta formidável – o Sr. Evito Gomes – hoje está engatinhando seus primeiros passos. Solicitei hoje (24/02/11) nova internação para uma reavaliação do seu tratamento em virtude de recidiva de crises.
A diretora recusou Todos os meus pedidos de internação.
Assim, o sr. Zimmermann foi internado no HRSJ aonde é assistido por um clínico por não haver neurologista disponível, o especialista está de férias (sic). Perceba, por favor, que segundo o documento assinado pela diretora, o mesmo deveria ter sido internado na Unidade de Referência para Neurologia – o HGCR.
A srta. Rosemere perambula a procura de um hospital, pois não há vagas no HGCR para onde foi encaminhada (sic). Por favor, veja cópia fiel de documento assinado pelo Dr.Henrique Tancredi - hipotético gerente técnico do HST - negando a possibilidade de internação no HST; aliás, onde ela já esteve internada em diversas outras vezes, sempre obedecendo a estrita indicação médica.
Quanto a última paciente – Camila - seus pais foram orientados a procurarem o HGCR sob a justificativa da diretora de que está obedecendo diretrizes do atual Secretário da Saúde proibindo internações neurológicas no HST. Por conhecer o secretário Dalmo Claro de Oliveira, afirmo ser esta mais uma mentira deslavada.
Saliento que os problemas apresentados por estas três pessoas são de fácil enfrentamento, e em qualquer hospital; mais ainda no HST. Muito embora suspeito, por ter sido responsável pelo treinamento, ouso afirmar que poucas casas de saúde em nossa região, dispõem de uma enfermagem tão bem qualificada.
Dr. D’Acampora, alguma autoridade deveria ser sensibilizada para dar um basta definitivo nos disparates autoritários da senhora diretora, a qual na ânsia de me atingir, investe de maneira bovina contra os direitos mais elementares das pessoas humildes que atendo no ambulatório de Neurologia daquela casa.
Finalmente, observo ser tragicômica a alegação sustentada pela sra. Diretora. Por deficiente formação ou por fraqueza de caráter, quiçá por ambos, ela ignora que a Instituição que ora dirige, e bem mal é verdade, foi criada para atender pessoas vitimadas por uma doença essencialmente NEUROLÓGICA. Polineurite é a patologia mais destrutiva em pessoas infectadas pelo bacilo de Hansen.
A situação aberrante descrita pode ser testemunhada por funcionários oprimidos, exemplares profissionais, cada dia mais desestimulados para o trabalho; por pacientes e familiares freqüentadores da Clínica de Neurologia e paradoxalmente por pessoas lá internadas que não vêem a hora de serem libertos da tirania imposta por uma administradora sofrendo de CHEFOSE... aquele transtorno psiquiátrico vulgar que acomete pessoas estúpidas quando no exercício de algum poder.
Rogando intervenção do CREMESC na Instituição, antes que mortes de inocentes aconteçam, despeço-me.
Mui atenciosamente e as ordens para quaisquer esclarecimentos,
Paulo César Trevisol Bittencourt
CRM 2837
Professor de Neurologia da UFSC
www.neurologia.ufsc.br
pcb@neurologia.ufsc.br/pauloctbittencourt@gmail.com
P.S.:
1. Garanto, sob qualquer fé, que o depoimento acima reflete a Verdade, e tão somente ela.
2. Cópias de documentos que comprovam as acusações citadas estão anexadas a esta mensagem.
3. Endereço dos pacientes e seus familiares poderão ser oferecidos para um contato pessoal com os mesmos.
4. Apodrece nos labirintos da Instituição, um aparelho de Eletroencefalografia moderno, recebido da Secretaria da Saúde de SC, via Dr. Roberto Hess de Souza, o qual nunca entrou em funcionamento, malgrado minhas tentativas de fazê-lo. Quem sabe a diretora não sabe do
seu paradeiro?
Putzzzz! Essa é braba!
ResponderExcluirConfirmo o que diz Dr Paulo Cezar Trevisol Bittencurt, e acrescento outras a mais:A senhora Terezinha Serrano diretora do Hospital Santa Teresa de Dermatologia Sanitaria, veio para cobrir deficiencias na admnistração anterior e logo, emprestada que aqui está, falava que só precisava de um tempinho para se aposentar, já faltou com a verdade pois ficou tempo demais. O preblema maior não está bem ai, o que se vê é ela acabar com tudo. O tratamento para dependentes quimicos que foi implantado e estava dando certo, levou muito tempo para ser implantado e esta diretora, com muita rapidez acabou com tudo. Eram quarenta e cinco vagas atendidas com frequência, demanda com fila de até tresentas pessoas esperando para fazer o tratamento, e hoje nada mais, absolutamente nada mais. Muitas pessoas ali foram tratadas, inclusive membros de nossa comunidade que hoje vivem bem com suas familias.
ResponderExcluirSou nato desta localidade conheço pessoalmente quase todos os pacientes hansenianos que ali moram
e muitos que ali já moraram, uso o verbo morar porque não é natural uma pessoa ser internada por 50 ou 60 anos, depois deste tempo a pessoa já é moradora do hospital e temos casos destes. Não encontrei ainda um paciente que fale bem da referida diretora. Ouço frequentes reclamações de muitos pacientes, recebo recados, pedidos para intervir etc. Muitas vezes os fatos são dissolvidos e acabam em nada, pois os pacientes que são totalmente dependentes sofrem retaliações, e estes já sofreram muito.
O que nota-se em relação a diretora, a Senhora Terezinha Serrano, é que tenha encontrado aqui no hospital o local apropriado para que ela possa demonstrar seu poder, "mostrar suas unhas" dito popular, e fazer com que todos obedeçam e se ajoelhem a seus pés. Aqui ela manda, desmanda, sem contestação. Aproveita-se da fragilidade das pessoas e demonstra o seu despreparo no trato das relações humanas. Segundo o relato de algumas pessoas que recentemente participaram de uma reunião por ela proferida disse que os pacientes da hanseniase são "Privilegiados e ................ que deviam estar fora daqui e trabalhando".
Dos atos admnistrativos nada ouço de bom, a meta principal é destruir tudo o que levou anos e anos para ser feito. Há quem a chame de maquiadora, pois as reformas e obras são apenas fachada, pinta por fora fecha as portas e janelas e por dentro tudo vazio e destruido.
Não posso omitir os feitos relativos aos tratados na Psiquiatria deste hospital, fato descabido e sem necessidade, pois esta unidade está instalada em pavilhões próximos ao refeitório já por muito tempo, e sem motivos que justifiquem mudou todos os pacientes para os ultimos pavilhões os mais distantes cerca de quase meio quilometro. Agora os pacientes a maioria já velhos um pouco mais cansados, vão e voltam quatro vezes por dia, de sol ou de chuva ao refeitório se alimentarem, e os pavilhões vazios sem nada que justifique, em tempo soube agora que esta diretora determinou que fosse quebrada com marretas, paredes internas e pisos que estavam perfeitos, para justificar a saida dos pacientes e mostrar que estava sendo reformado, fechou as portas e janelas e nada vai ser feito.
Com os trabalhos que Dr Paulo Bittencurt executava não foi diferente, cancelou todos os atendimentos, e rapidamente acabou com tudo. Este golpe foi sentido, pois pacientes inclusive moradores de nosso bairro, ficaram despresados e sem o atendimento que tanto precisavam.
A situação atual é de lamento, um hospital com estrutura fisica grande, com bons servidores, vazio de pacientes e acefalo de diretor. Prejuizo certo para a sociedade que paga e cobra o retorno.