Foi notícia semana passada a decisão do Secretário Cobalchini da InfraEstrutura de liberar R$ 5.000.000,00 para a recuperação da cobertura do Terminal Rodoviário Rita Maria. Em função da decisão, o Presidente do DETER, Sandro Silva, prometeu em 60 ou 90 dias lançar o Edital para a contratação dos serviços.
Hummm....
Qualquer um sabe que a licitação de um serviço de engenharia somente pode ser realizada se existir o PROJETO de recuperação. Isto, além de estar estabelecido na legislação, é o procedimento técnico, pois é o projeto que vai estabelecer a técnica que vai ser empregada, ou seja, os serviços necessários, os tipos e as quantidades de materiais que serão utilizados. Trocando em miúdos, somente depois de fazer o projeto é que poderá ser conhecido o orçamento base da obra, que dará o parâmetro para a licitação.
Bem, se anunciarem a realização de licitação para a contratação de empresa para executar as obras de recuperação da cobertura do Terminal, é porque arranjaram duas ou três empresas "parceiras", com proprietários sem escrúpulos, que vão fornecer projetos feitos nas coxas, contemplando apenas a impermeabilização das telhas com algum produto que vai sair uma fortuna e não vai parar o processo de corrosão por dentro das telhas.
Bem, até agora nada foi feito. Isto é apenas uma suspeita do que será feito, baseado no fato de que em 60 ou 90 dias não dá para elaborar nem o projeto, que não existe atualmente. Licitar neste mesmo período, só posso imaginar gambiarra.
Falo do Terminal Rita Maria com conhecimento. Participei de toda a elaboração do projeto arquitetônico com os arquitetos uruguaios Brena e Yamandú Carlevaro. Como desenhista acompanhei o projeto do começo até o final.
Fiquei sabendo que uma parte considerável do pavimento superior do Terminal Rita Maria será transformado no novo Pró-Cidadão, que deve sair do Cento.
Toda a arquitetura interna daquele prédio, que já foi considerado um monumento, será agredida com instalações e salas implantadas de forma improvisada em corredores, halls, saguões, áreas de circulação e até no antigo restaurante Rid's.
Um verdadeiro Paraguai.
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