William Ear Long,
direto de New York para o novo blog do Canga.
Meus caros leitores aí do Brasil, meus sinceros bons dias.
Escuso-me, inicialmente, pela ausência desmedida em razão da cirurgia plástica a que me submeti recentemente.
Os anos pesam e deixam suas marcas. Refeito, entretanto, volto ao
ofício da informação, esta pequena praga que nos acompanhará até a
morte.
Recentemente, em Washington D.C., uma amigo foi ao crematório de outro, chegando duas horas adiantado para as exéquias.
Sentou-se no banco mais próximo, abriu seu jornal e pôs-se a ler.
O corpo e o caixão já estavam na esteira que leva ao forno.
Sonolento, cochilou, e escorregou com o ombro esquerdo sobre o interruptor de comando.
Quando voltou à realidade, minutos depois, percebeu que estava consumada cremação.
Ficou até a hora da cerimônia e teve que assistir emudecido à procura, coletiva e desesperada, do corpo e do caixão.
Após meses de análise com seu terapeuta, descobriu que todo cochilo tem consequências. Algumas irreversíveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário