O ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Gilmar Mendes passou o
dia tentando evitar falar da polêmica causada com a matéria da revista
Veja na qual ele contou a pressão que sofreu do ex-presidente Lula para
adiar o julgamento do mensalão.
Fervoroso defensor do julgamento, Mendes não queria polemizar com o
ex-ministro Nelson Jobim, que depois da divulgação da matéria negou que a
conversa tivesse sido no sentido de interferir no julgamento a ser
feito pelo STF. O encontro entre Mendes e Lula ocorreu no escritório de
Jobim, em 26 de abril, em Brasília.
Ao conceder entrevista a Zero Hora no começo da tarde, Mendes
demonstrou preocupação com o atraso para o início do julgamento e disse
que o Supremo está sofrendo pressão em um momento delicado, em que está
fragilizado pela proximidade de aposentadoria de dois dos seus 11
membros.
Confira o que disse o ministro em entrevista por telefone:
Zero Hora — Quando o senhor foi ao encontro do ex-presidente Lula não imaginou que poderia sofrer pressão envolvendo o mensalão?
Ministro Gilmar Mendes — Não. Tratava-se de uma
conversa normal e inicialmente foi, de repassar assuntos. E eu me sentia
devedor porque há algum tempo tentara visitá-lo e não conseguia. Em
relação a minha jurisprudência em matéria criminal, pode fazer
levantamento. Ninguém precisa me pedir para ser cuidadoso. Eu sou um dos
mais rigorosos com essa matéria no Supremo. Eu não admito populismo
judicial.Leia a entrevista inteira. Beba na fonte.
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