Hoje é aniversário de falecimento do poeta, jornalista e tradutor Mário Quintana.
Esse poeta, nascido em Alegrete (RS), teve um dom que poucos escritores brasileiros tiveram, como Nelson Rodrigues e Millôr Fernandes, ou seja, o dom de ser um bom frasista.
Quintana é autor das seguintes frases: “Autodidata: um ignorante por conta própria”; “Quando a gente pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro”; “Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem”.
Certamente o autor não se resume a frases “porradas”, pois ele vai além e abusa da
simplicidade: “Revelação: durante as belas noites de tempestade os relâmpagos tiravam radiografia da paisagem”, ou a frase em homenagem ao autor de Luar do sertão “Catulo não morreu: luarizou-se”.
Mário Quintana, agraciado por concursos literários de peso, tentou por três vezes entrar para Academia Brasileira de Letras (ABL), após três recusas escreveu o famoso Poeminha do contra “Todos esses que aí estão/ atravancando meu caminho,/eles passarão./ Eu passarinho!”.
Por fim, embora Mário Quintana não tenha se tornado membro da ABL ele ficou imortalizado, porque ser imortalizado (ao contrário do que muitos pensam) não significa ser mumificado em uma instituição política, mas sim ter seus versos nos olhos do povo, na boca do povo e no coração do povo.
José Luiz Amorim é estudante de Língua Portuguesa e Literaturas na UFSC e autor do blog www.poetailheu.blogspot.com.
E O SARNEY ENTROU PARA ABL...
ResponderExcluirBRASIL...
SIMPLES ASSIM...
Ate o Merval Pereira, tendo apenas escrito um 1 livro, que é nada mais que é uma coletaneas de artigos...
ResponderExcluirA ABL não vale nada mesmo.