15 Novembro 2008
Mais um relato do nó cego do trevo da seta
Anônimo diz:
Vejo a fila de carros enfrentada pelo amigo Celso Martins e, juro, me mordo de inveja. Isso porque peguei um “Paradoura”, da Insular no supermercado Bistek, por volta da uma hora da tarde e consegui chegar no terminal do Rio Tavares às duas, depois de um verdadeiro massacre. Certo é que o alegre e bem acomodado motorista conseguiu enfiar cerca de 70 pessoas, entre idosos, mulheres e crianças, em pé. A lotação sugerida é de 40. Sim e ria. Assim, além de não desagradar ao patrão, também trouxe todo mundo, não deixou ninguém no ponto esperando. Aguente quem precisa. Comentei dentro do ônibus que aquilo não era problema pois, assim que voltasse de sua licença e férias européias, o prefeito Dário dará um jeito. Mas ninguém falou nada, acho que nem se lembram mais quem é o tal de Dário e nem se votaram na última eleição.
A PM, mesmo, parece que já desistiu de, pelo menos, amenizar esta tortura do trevo da seta. Colocam os cones no meio da curva de retorno e “pau nux córnu”, caem fora, desaparecem. O Verão realmente promete e garanto que naum vai ser nenhum “aperitivo”.
Aperitivo para o verão
Caro Canga
Fotos tiradas hoje, pouco antes do meio-dia, na Via Expressa Sul, sentido Centro-Aeroporto, próximo ao gargalo da Seta. Milhares de pessoas tentando chegar ao Sul da Ilha. Alguém ou vários podem ter ter perdido o vôo e muitos a paciência. Celso Martins.
Caro Celso,
Estás surpreso? Para nós moradores do sul da Ilha esse martírio é diário de segunda a segunda. E não tem horário. Acordo diarimente às 6:45h. saio de casa às 7:30 e pego engarrafamento tanto no trevo do Campeche como na sc-405, saindo pela rua Pau de Canela rumo ao Rio Tavares. Tá tudo uma merda e o prefeito e o governador estão no exterior vendendo um lugar que não existe. Uma ilha sem nenhuma infra-estrutura. Mas legal mesmo vai ser o teu verão no Sambaqui, hein?
Blogueira cubana
Hola Sergio
O pôster na parede
Por Olsen Jr.
Recebo poucas visitas aqui em casa. Não é que esteja me tornando (as)social ou misantropo. Ou então, pior, em uma ação premeditada tentando “criar” um tipo mais ou menos como o do escritor Dalton Trevisan ou J. D. Salinger, porque a imaginação aguça a curiosidade e assim se pode mitificar o desconhecido tornando, quem sabe, a obra mais interessante.
A verdade é que pretendo deixar o “mundanismo” lá fora mesmo. Para se discutir obviedades há os botecos da vida. Claro que se pode fazer de qualquer canto uma espécie de taberna privilegiada, ou como disse outro dia, bem anotado pelo Horácio Braun em seu eclético cardápio “sou um boêmio, está certo, mas adoro minha casa, para mim é o meu segundo bar”. Não escondo o riso, assim posto, tudo parece muito simples.
Portanto, quando o meu sobrinho ligou indagando se podia me visitar porque tinha um trabalho para fazer na universidade e precisava discutir algumas idéias comigo, assenti. Costumava brincar afirmando que ele era o meu sobrinho favorito, o que era verdade. Inteligente, educado, com interesse igual por literatura, música, artes. De certa forma me enxergava nele quando tinha a sua idade.
No começo falou rapidamente sobre a importância das bebidas para a formação e consagração de talentos (ou não) desde o café e o álcool, passando pelo renascimento até nossos dias. Disse que era um ponto de vista interessante e tinha muito material. Mas percebi que não era bem aquilo que ele pretendia falar comigo, parecia ser mais um aquecimento antes de entrar no busílis (gostaram? Sempre quis usar esta palavra em algum lugar) da questão.
Depois o surpreendo em frente de um pôster na parede, representando num bico de pena, o Cavern Club, lugar onde os Beatles tocavam quando foram descobertos por Brian Epstein que viria a ser o seu primeiro empresário.
O quadro tinha uma história, aliás, como tudo ali. Fora presente de um marujo inglês que o trouxera de Londres e dado a Trude, proprietária de um bar à beira do cais na cidade de Itajaí. O bar era todo decorado com bandeiras de navios de dezenas de países. O pôster do Cavern Club era uma raridade e ficava em frente do balcão. Várias pessoas tinham tentado comprá-lo, inclusive eu, na primeira vez em que lá estive. A proprietária era inflexível, “não estava à venda e pronto”.
--- Como ele veio parar aqui, então? Quis saber.
--- Explico: o bar era freqüentado por médicos, advogados, prostitutas, gente do lugar, estrangeiros, turistas e a marujada que batia ponto ali. No dia em que pretendi comprar o dito, diante da negativa, pus-me a falar dos Beatles para o amigo que me acompanhava, ali mesmo no balcão, bebericando cerveja, olhando para o pôster na nossa frente e monologando sobre os Beatles. Falei, acredito, durante mais de duas horas sobre o assunto. Parecia que estava conversando sobre a minha própria família, tal a intimidade com fatos e coisas deles. Enquanto falava, percebi que a Trude estava sempre nas proximidades, ouvia o que estava dizendo, e para surpresa de todos ali presentes, quando terminei, ela foi até a parede, tirou o quadro, passou um pano devagar, com carinho, como se estivesse em uma cerimônia de adeus, e me deu de presente. “Toma, é teu!”. Não acreditei. “A senhora sabe o que está me dando? Questionei”. “Sim, é teu”. Um médico que estava vendo tudo me disse, “não sei o que você fez, mas meus parabéns fazem mais de três anos que venho tentando comprar este quadro”.
Depois da história sobre o pôster, a conversa se descontraiu um pouco, mas ele não dizia a verdadeira razão para estar ali, o que queria comigo? Também, não sabia como podia ajudá-lo. Nisso toca o celular, ele atende, afirma que a sua mãe veio buscá-lo e ele não pode perder a carona. Combinamos então, para hoje, a tal conversa, daqui a pouco ele deve estar chegando, penso! (Texto originalmente publicado no Suplemento Cultural “Anexo”, p.03do jornal “A Notícia”, Joinville (SC) em 14/11/08).
Asas da PM
Caros Srs.leitores,
Para que não hajam equívocos ou desencontro de informações, passo a esclarecer as seguintes dados informativos:
Esclarço aos Srs. que a capacitação dos oficiais do Batalhão de Aviação da Polícia Militar Catarinense nos cursos de piloto de avião (privado e comercial)reserva-se tão somente para o cumprimento das missões constitucionais da Polícia Militar elencadas nas Cartas Magnas Estadual e Federal, ou seja, no patrulhamento aéreo, para o atendimento de ocorrências que necessitem de tranporte emergencial, na vigilância ambiental, nas ações de defesa civil, entre outras missões. Os aviões da PMSC servem à comunidade catarinense com um elenco de atendimentos emergencias diários. Os pilotos do Batalhão de Aviação são oficiais de carreira da PMSC formados a nível de terceiro grau pela Academia de Polícia Militar de SC e tem como especialização durante a carreira as funções de piloto de helicóptero e avião. Desde a criação do Batalhão de Aviação da PMSC (antigo GRAER) não houve a ocorrência de nenhum oficial piloto buscado a demissão para exercer atividade na aviação civil, pois na realidade o oficial PM piloto já tem a sua carreira ascendente definida no oficialato da PMSC(Tenente, Capitão, Major, Tenente coronel e Coronel). Nós oficiais, seguimos a carreira de oficial e não a de piloto como ocorre na aviação civil. Nestes dezesseis anos de operações aéreas do Batalhão de Aviação da PMSC o saldo estatístico é de aproximadamente 8.500 (oito mil e quinhentas) pessoas resgatadas, salvas e socorridas pelas tripulações com as nossas aeronaves. Portanto não existe iminência de demissão de oficiais pilotos. Quanto a prestação de segurança em sentido amplo, o Batalhão de Aviação da PMSC contribui em muito na prevenção da segurança à sociedade catarinense, pois só no ano de 2008 foram mais de 200 (duzentas) pessoas detidas ou em fuga detidas oriundas da pratica de crimes, através da intervenção direta das aeronaves do Batalhão de Aviação.
Saudações aos Srs.
Atenciosamente.
Milton Kern Pinto
Tenente Coronel PM
Comandante do Batalhão de Aviação da Polícia Militar de Santa Catarina
14 Novembro 2008
Reno promete desmascarar golpe do Detran
Liberdade de Expressão
Licença saúde
Cuidando da grana
O nome do ex-senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) já aparece como diretor financeiro / diretor de operações, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE. Maldaner deixou a suplência do senado no final do mês passado, com o retorno de Raimundo Colombo (DEM) que estava afastado para licença saúde-particular.
A grana
O BRDE movimenta grande quantia de dinheiro entre os estados do Sul. Como informa o site do banco: “O BRDE financiou, nestes 47 anos de atividades, um montante acumulado de US$ 17,8 bilhões, induzindo investimentos totais de US$ 37 bilhões, distribuídos entre mais de 80 mil projetos, que resultaram na geração e manutenção estimada de 1,3 milhões de postos de trabalho e em um adicional de arrecadação, para os Estados controladores, da ordem de US$ 4,7 bilhões”.
Saúde !!!!!!!
Veja em anexo a página do Senado Federal onde mostra o tipo de licença que Raimundo Colombo (DEM-SC) tirou na casa legislativa. Quem conhece o senador, ou viu o mesmo circulando em toda Santa Catarina na campanha política, sabe que sua saúde pelo menos aparentava perfeito estado. A flecha em vermelho (destaque nosso) mostra o tipo da licença.
Ricardo Wegrzynovski (Brasília)
Detran mete a mão n o bolso do contribuinte
"Não sei por que não me surpreende o fato do grande escândalo da semana ter ocorrido no Detran-SC. O Detran, vocês sabem, é uma repartição quase privada. Boa parte dos servidores é terceirizada. São funcionários de empresas privadas. Outra parte dos... negócios do Detran, tem participação ativa e entusiasmada da associação de despachantes. E, descobre-se agora, tem convênios e contratos com os cartórios". Leia matéria completa. Beba na fonte.
Casan transforma Sambaqui em um caos
13 Novembro 2008
Negócio no ar
O pombal do Estreito
Tirando onda...
O deputado Carlito Merss (PT-SC) eleito prefeito de Joinville, estava todo simpatia hoje (12) no plenário da Câmara, em Brasília. Ao encontrar o deputado democrata Cláudio Cajado, da Bahia, alfinetou: “Ganhei de vocês lá!”. Cajado, que pouco conhece o Sul do país, perguntou sobre como é Joinville. Carlito então respondeu: “É grande... quase 500 mil habitantes, e o terceiro maior orçamento do Sul, só perde para Porto Alegre e Curitiba”. Ricardo Wegrzynovski (Brasília)
Dário pode ter mandato cassado
Sabe tudo!
"Caro Canga.
12 Novembro 2008
Ah! O Rio de Janeiro!
A foto está no blog do Noblat. Sou apaixonado pelo Rio. Não resisti e chupei na maior. Copacabana 1923. Será?
" É a RBS que controla o Estado" diz procurador
"O mercado foi pego de surpresa com entrevista concedida pelo procurador Celso Tres ao jornal Zero da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), data de capa novembro 2008, edição número 2, onde afirma que "vai enfrentar o oligopólio da RBS". O procurador fez colocações fortes como "É a RBS que governa o estado" em sua entrevista as jornalistas Rafaela Mattevi e Cora Ribeiro.
"Quando a lei diz que alguém não pode ter mais de dois veículos, qual é o objetivo? Evitar a concentração. Se é da mesma família e tem a mesma programação é uma fraude ao objetivo da lei", disse Celso Tres ao jornal.
Making Of destaca a seguir, trechos da entrevista, que considera forte, que vai mexer com todo o mercado de comunicação do estado.
Ao ser questionado se iria processar a RBS pela compra do AN, Celso Tres respondeu "Sim. A ação está sendo instruída há dois anos, por meio de inquérito Civil Público (ICP), por que é bem complexa. Também participam vários procuradores no estado. A RBS tem uma posição totalmente dominante. No RS e SC, são 18 emissoras de televisão, dezenas de estações de rádio, uma dezena de jornais. Esse caso da RBS é um escândalo. ela governa o estado. Como o CADE aprovou a compra do AN? O CADE é réu na ação porque aprovou isso". Leia matéria completa. Beba na fonte.
Fundação da Acatmar
Temos a grata satisfação de convidá-lo para a fundação e posse da primeira Diretoria e Conselho Fiscal da ACATMAR-ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE MARINAS, GARAGENS NÁUTICAS E AFINS, entidade representativa da classe, no âmbito estadual. A sua presença é fundamental para o fortalecimento do ideal náutico.
DIA: 17.11.2008 ( segunda – feira )
HORÁRIO: 10:00 hs.
LOCAL: AABB – Associação Atlética Banco do Brasil ( Sala do Piano)
ENDEREÇO: Rua Desembargador Pedro Silva, 2809 - Coqueiros
zelotismo Ilhéu
"Três são os males que acometem um gaúcho em visita às praias de Santa Catarina: Tunga penetrans, Larva migrans e encatarinamento. O primeiro é o bicho-do-pé e tem cura fácil, basta comprar uma pomadinha na farmácia. O segundo também atende por bicho geográfico e parece querer desenhar, sob a pele do hospedeiro, o mapa da ilha em alto relevo. A terapia é a mesma. Pior é o encatarinamento: desencatarinar-se sai bem mais caro. Em geral, exige cinco ou mais anos de residência no local de contágio.
Encatarinamento é aquela sensação de paz e bem-estar que inunda o gaúcho, já cansado do asfalto e concreto de Porto Alegre, quando se deixa contaminar pelo verde e azul da ilha, pelo recortes suaves da Lagoa da Conceição e de suas praias. Para quem nasceu na pampa, um mar ondulado sempre lembrará o lento vai-e-vem dos alhos-bravos, batidos pelo minuano que vergasta as coxilhas. O encatarinamento se instala quando o gaúcho decide: “A ilha é linda. Ainda volto para ficar”. Leia mais. Beba na fonte.
Chove Chuva!!!
Segundo a previsão metereológica o tempo continua INSTÁVEL COM CHUVA!!!!!!!! Até quando??????? Desde a segunda-feira da semana passada, choveu 182,2 milímetros, sendo 170 milímetros o máximo de chuva previsto para novembro.
11 Novembro 2008
Onde anda você?
No grande plenário da Câmara, Edinho Bez também não estava. Pelo menos no momento em que o presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP) o chamou pelo microfone. Bez estava inscrito como orador, mas não compareceu no momento em que foi chamado. A assessora do deputado em Brasília, Mônica, disse que Edinho Bez “Estava enrolado no Fórum do Senado”, mas não soube dizer qual Fórum.
Relembrando a música de Vinícius de Moraes, um trecho definiria fielmente a situação: “E por falar em saudade, onde anda você...”.
Quer ouvir a música? Clique no link http://www.youtube.com/watch?
Ricardo Wegrzynovski (Brasília)
A PM criando asas
Pau na Infraero
O aeroporto de Florianópolis foi motivo de reclamação pública do deputado Odacir Zonta (PP-SC). A reclamação no plenário da Câmara teve endereço certo: o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi. O deputado catarinense disse que o aeroporto está praticamente esquecido pelo governo federal. Para a Gazeta de Joinville / Canga Blog, Zonta foi mais enfático, ao ser questionado onde os projetos para o aeroporto estão parados. “Está parado na Infraero, nós já fizemos um pedido de informação no mês de março deste ano. Recebemos do ministro da defesa e do presidente da Infraero um cronograma, que iniciaria em março, abril, e que toda obra começaria a partir de junho e até agora nada”, reclamou. Zonta parte ainda hoje para outro aeroporto, o de Recife, onde desembarca para participar de reuniões sobre cooperativismo.
Ricardo Wegrzynovski (Brasília)
Raridade
Caro Canga,
esta gravação é uma raridade. Preste a atenção ao fundo, quem assiste a gravação: Os Rolling Stones. Em anexo a gravação de Get Back, pelos Beatles, realizada no estúdio de Abbey Road no ano de 1.969.
Kibelândia eclética
Violência no "paraíso"
"Em tempos de blogueiros dando abertura à Caça aos Botocudos, de autoridades armando a Guarda Municipal, ainda bem que o sol voltou nesta manhã de terça-feira. Assim, podemos continuar exercendo o esporte mais praticado nesta ILHA DA MAGIA, que é, sem dúvida, tapar o sol com peneira.
Explico-me: uma das primeiras notícias que assisti no jornal matutino foi sobre a quadrilha de assaltantes desarticulada na segunda-feira, pela polícia, no Estreito. Os jovens, obtinham informações sobre correntistas que retiravam somas razoáveis e aguardavam na rua para o oportuno roubo.
O que isso tem a ver com o sol e a peneira? Simples. Os integrantes da quadrilha têm passagem pela polícia por assalto e homicídio. Um deles, Ricardo Roberto de Souza, 24 anos, fugiu. Pois bem, Ricardo Roberto, conhecido como grande criador de encrencas, frequenta ou frequentava uma escola da Ilha da Magia, se vangloriava de ter PORTE DE ARMA e era funcionário de uma empresa de segurança de Florianópolis.
Enquanto isso, prefeitos e governadores vangloriam-se dos índices alcançados pela educação pública no Estado de Santa Catarina, capitalizando em votos suas gloriosas administrações.
E nós ? Nós continuamos vendo estabelecimentos escolares que mais parecem depósitos de ácaros, nossos jovens se escondendo o rosto cada vez mais sob o capuz de suas jaquetas, em plena luz do dia, diretores de escola e professores ameaçados de morte, violência, tráfico e consumo de drogas nas escolas, profissionais mal remunerados, incompetência, etc. etc. Ou seja, o esporte favorito na Ilha da Magia continua sendo tapar o sol com a peneira, afinal de contas é cômodo, rende votos e grana e dá muito menos trabalho do que tomar qualquer outra atitude. O problema é o reflexo deste esporte".
- Presta atenção!
Ricardo Wegrzynovski (Brasília)
Olsen Jr. no "Cidade Contada"
Será amanhã, às 19h, mais uma edição do "Cidade Contada", uma iniciativa da Fundação Cultural Franklin Cascaes e da Casa da Memória com a coordenação do poeta Dennis Radünz. O convidado da vez faz a leitura de um conto seguida de um bate-papo. A "Cidade Contada" desse mês, trata de um história-conto chamada "20 Anos Depois". um conto premiado e publicado em várias antologias, do escritor Olsen Jr. De fundo a "Kibelândia". Será na Casa da Memória, na rua Pe. Miguelinho, ao lado do Banco do Brasil, em frente do Café Sorrentino, não têm?
O FRACASSO DE UM SONHO
Por Olsen Jr.
Tive um sono agitado. Saí da cama com vontade de ser criança de novo. Pode parecer um absurdo, não se você for um poeta. Ser criança significa não ter responsabilidades com o futuro, porque ele chega aos poucos, sem pressa. Segundo Einstein “O futuro chega há exatamente 60 minutos por hora”, não contenho o riso. Ser criança é não ter compromissos além daqueles que te prendem a atenção no momento. Aliás, quanto mais ocupado melhor. Chove lá fora e por isso, no meu sonho, tinha muita chuva.
Os relógios aqui em casa estão voltados para a parede, descobri que a constatação da passagem do tempo me faz mal. Qualquer dia farei a mesma coisa com os espelhos.
Pego uma frigideira e penso em fazer uma rabanada, fatias douradas segundo alguns livros de artes culinárias, ou para o cínico que habita em mim, apenas um pão seco cortado em fatias, embebido no leite, passadas no ovo com açúcar e canela, fritas e deixadas escorrer em cima de um prato raso com papel para absorver a gordura. Um café preto forte e se tiver um mel, melhor. Era o que minha mãe faria. Sempre penso nela quando a solidão parece me engolir aos poucos. Descobri uma lata de “Pure Maple Syrup”, um presente do meu filho quando veio dos Estados Unidos. Segundo ele, uma iguaria descoberta pelos índios, disputadíssima em Vermont. Agora lembro a música “Moonlight in Vermont” com Ella Fitzgerald e Louis Armstrong que estava ouvindo quando recebi a notícia da morte do amigo Olívio Lamas...
Deus! Um indivíduo tão impregnado de memória não pode ser feliz. Enquanto vou preparando tudo, também penso no sonho. As imagens estão vivas... Era uma cidade do interior, pequena, o restaurante aconchegante. Tinha uma mulher comigo, era bonita, inteligente e estava elegantemente vestida. Havia um encantamento no ar. Ela gostava da palavra “encantamento”. Pedimos algo para comer, aceitamos a sugestão do garçom, depois um vinho tinto. Não lembro a marca, mas foi ela quem escolheu. Bebíamos olhando um para o outro. Era uma sensação boa esta de não conhecer ninguém ali. Este ar de independência de pessoas que se bastam produz uma aura que parece isolar o restante do mundo. Estava me sentindo assim. Perto da meia-noite saímos. Lá fora chovia e tive vontade de abraçá-la, mas algo me impediu. Depois aquele guri se aproximou, vinha empurrando uma bicicleta. Disse que não queria dinheiro, apenas que alguém comprasse uma lata de leite, um pacote de fraldas... Tinha mais alguma coisa que não lembro, dei cinco reais. Vi a angústia nos olhos do sujeito, afirmou que preferia que eu comprasse as coisas, depois se conformou afinal aquele dinheiro já era algo para começar.
No hotel, ela foi para o seu apartamento e combinamos de tomar café juntos. Depois que ela subiu, pensei no guri. Aquela imagem dos olhos suplicantes, misto de ansiedade e desespero, estava me aniquilando. Pego a chave e guardo-a no bolso. Digo na portaria que vou dar uma volta. Saio sob aquela chuva intermitente. Olho para os lados tentando descobrir um garoto empurrando uma bicicleta. Contorno uma quadra, e outra, e outra... Depois retorno. Estou triste, era como se tivesse que carregar as dores do mundo. Algo dentro de mim buscando um sentido.
Se ao menos tivesse dito que a amava, penso, mas nem isso, semelhante a um personagem de algum livro não escrito, me limito em exclamar: não fiz nada, mas somente Deus sabe o quando isso me custou...
Curioso lembrar tudo isso enquanto estou fritando essas fatias de pão, pelo menos nos sonhos ainda acontecem coisas ou não!
10 Novembro 2008
Miriam Makeba 1956 - 2008
A cantora Miriam Makeba, 76 anos, famosa no mundo inteiro e no Brasil pela música Pata Pata, morreu domingo após ter participado de um concerto em apoio ao escritor Roberto Saviano, ameaçado de morte pela máfia napolitana. Makeba, conhecida como Mama África, foi um símbolo na guerra contra o apartheid sul-africano. Nasceu em 4 de março de 1932 em Johannesburgo. Começou sua carreira artística nos anos 50 com o grupo Manhattan Brothers e em 1956 compôs Pata, Pata, a canção que seria seu maior sucesso.
Super-Obama?
A chamada merece algumas considerações. Em primeiro lugar, será que a mais poderosa potência contemporânea está precisando ser salva? Em segundo, Obama foi eleito para presidir o país ou para salvá-lo? Concluindo: foi por acaso eleito para salvar o mundo? Há uns bons vinte séculos, um judeu pretendeu isto. Deu no que deu".
Diarinho 30 anos
09 Novembro 2008
Surto radical
"Mais um episódio de violência num dos mais movimentados bairros de Florianópolis.
A cada dia cresce mais a violência na Capital catarinense, outrora uma Ilha de paz e tranqüilidade, hoje tomada pelos botocudos que já impõem o terror à população não só da Capital, como na de toda a área metropolitana, integrada por cinco municípios que já somam cerca de 1 milhão de habitantes.
E vejam que o município de Florianópolis, que fica sobre a Ilha de Santa Catarina e mais uma pequena parte do continente, deve ainda ter menos de 500 mil habitantes.
Entretanto, de uma hora para outra, Florianópolis começou a ser invadida por botocudos de todas as regiões do Brasil.
Há uma propaganda enganosa a respeito de Florianópolis como uma cidade de melhor qualidade de vida.
Já teve qualidade. Hoje vai se igualando em violência ao resto do Brasil.
Como a população é reduzida, se comparada às maiores cidades brasileiras, além de possuir bom bom nível econômico e social, Florianópolis ainda pode ser salva"
Leia o resto aqui. Beba na fonte.
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