28 Fevereiro 2009
O FILHINHO DA MAMÃE
Qualquer pessoa, mas não uma pessoa qualquer, pode aquilatar (essa palavra é de doer) por interesse menor que tenha sobre o assunto, que a família exerce o principal papel na educação dos filhos. Quer dizer, uma educação é um somatório do que se vê e ouve em casa, da constatação dos atos, mais o aprendizado burocrático da escola (dos currículos executados à meia boca, o que é visto, ouvido e constatado) e finalmente a ditadura que vinga nas ruas (o visto, o depreendido e o sentido na carne), por aí se tem um bom começo.
Pular qualquer um dos três referentes seria pintar uma caricatura de um retrato já feio.
Por que estou dizendo tudo isso? Calma leitor(a). Tudo no seu tempo. Não gosto de assumir ares de “professor” quando o próprio dia-a-dia mostra que, às vezes, muitas vezes, acrescente-se é o instinto que culmina determinando nossas ações.
Veja só, mais um preambulozinho para mostrar a dialética (alô “doutores” não estou falando no sentido marxista do termo) desse mundo. Ali, ao lado da Fiesc, tem um posto de gasolina com um lava-carro anexo, você paga R$6,00 por um serviço que os outros cobram R$10,00. Com a diferença se compra um refrigerante de dois litros e se doa para a piazada do batente. Assim, acaba-se gastando menos e ainda tendo o reconhecimento que faz com que as relações humanas fiquem melhores. Daí, enquanto se espera, o bar do Luciano ao lado, serve aquele pastelzinho caseiro, sequinho, com carne moída, tempero verde e se você tiver sorte, alguns pedaços de ovos cozidos com azeitona, mas aí já é loteria, não se pode ter tudo.
Estou naquela expectativa quando o próprio Luciano passa por mim, depois dos cumprimentos de praxe, o ouvi exclamar qualquer coisa como “...Trabalho escravo” e se afastar indignado. Já estava comendo o segundo pastel quando ele para no outro lado do balcão, chateado e pude ouvir bem “era só o que me faltava essa de trabalho escravo!”.
--- Conta logo – brinco – percebendo que pretendia desabafar.
--- Pô! Começa ele – o meu guri, que você conhece bem, às vezes fica comigo, e em alguns momentos até ajuda eu e o meu irmão, não é um trabalho oficial, apenas uma ajuda espontânea com as coisas aqui. --- Agora a mãe dele chegou, está indignada e afirmou que estou escravizando o piá, que é trabalho infantil, que tem leis no País”...
Começo a rir e ele me encara com seriedade. Antes que diga alguma coisa, sugiro um pouco de calma, e claro, insinuo que mãe é mãe é aquela “cutucada” era apenas para mostrar os laços afetivos que ainda eram compartilhados entre eles.
Foi à vez de ele rir.
--- Pode parar! – Afirma peremptoriamente.
Na hora não pude deixar de pensar em Somerset Maugham “Na vida de um garoto, poucas infelicidades podem provocar consequencias mais desastrosas do que ele ter uma mãe afetuosa”. Também, o Ziraldo, em uma de suas recaídas “A mãe é o pior inimigo do homem”.
Bem, aquele bate-papo parecia ter “aliviado” um pouco o sentimento de culpa do Luciano. Quer dizer, eu pensava assim e só percebi que estava enganado quando o funcionário do posto trouxe a chave do carro e depois que ele saiu com o refrigerante de dois litros, cumprindo um ritual que institucionalizei, e fui me despedir dele. Ele apertou a minha mão, me olhou nos olhos como se tivesse algo para dizer, percebendo aquela angústia, conclamo: “diga!”.
--- Olha aqui, oh! --- Deixa-me dizer uma coisa: “trabalho escravo é a puta que os pariu!”.
Rimos bastante enquanto ele saiu atrás do filho para que assumisse o caixa enquanto ele iria levar as marmitas para os operários de uma construção ali no bairro.
Não se pode dizer que ele não tivesse personalidade forte ou suas próprias convicções sobre o tal “serviço escravo”, o que não era o caso, como se pode ver!
27 Fevereiro 2009
Intelectuais lançam manifesto contra a 'ditabranda' da Folha de S. Paulo
Em resposta ao editorial da Folha, publicado no último dia 17/02, em que classificou o regime militar vigente no Brasil entre 1965 e 1984 como uma “ditabranda”, um grupo de intelectuais lançou, no último sábado (21/02), um manifesto e abaixo-assinado em “repúdio à arbitrária e inverídica revisão histórica”.
“Ao denominar ‘ditabranda’ (...) a direção editorial do jornal insulta e avilta a memória dos muitos brasileiros e brasileiras que lutaram pela redemocratização do país. (...) O estelionato semântico manifesto pelo neologismo ditabranda é, a rigor, uma fraudulenta revisão histórica forjada por uma minoria que se beneficiou da suspensão das liberdades e direitos democráticos no pós-1964”, diz o manifesto. Matéria completa no Comunique-se. Beba na fonte.
26 Fevereiro 2009
Luiz Henrique (do PMDB corrupto) enche as burras da RBS e da Ric Record
A preocupação em engordar o faturamento de poderosos grupos de comunicação tem se tornado uma verdadeira obsessão por parte do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB). Enquanto reclama publicamente que o Estado perdeu desde novembro mais de R$ 200 milhões com os reflexos da crise mundial e com as enchentes que assolaram Santa Catarina, fechado em seu confortável gabinete, uma de suas primeiras ações em 2009 foi garantir um ano sem crise para dois grandes grupos de comunicação do Estado. A título de fornecimento de jornais e revistas para escolas da rede estadual, o governo repassará por mais um ano R$ 5,1 milhões dos cofres públicos aos grupos RIC e RBS. Leia matéria completa. Beba na fonte.
Neném da Costeira promete detonar policiais
Neném disse que foi liberado porque apresentaria um dossiê que aponta a participação desses policiais nos crimes. Beba na fonte.
22 Fevereiro 2009
Onodi mata a pau
O sucesso do Pauta que Pariu
A Kibelândia vestida de festa recebeu os foliões do jornalismo e alhures. A grande concentração organizada pelo Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina foi um sucesso. Durante todo o dia e entrando noite a dentro, jornalistas. amigos, familhiares e afins se divertiram a valer. Realizado pela primeira vez na Kibelândia, a festa do Pauta quePariu deu início às festividades dos 40 anos do bar mais tradicional do centro da cidade. A concentração momesca promete entrar para o calendário do omo em Floripa.
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